Iniciamos o dia, animados e cheios de expectativas. Tínhamos pela frente um passeio pela Quebrada de Humahuaca, agora rumo à cidade de Humahuaca. Mesmo caminho que percorremos, mas agora indo em direção à Bolívia. Participaram no TUR turistas da Holanda, Israel, Argentina, Alemanha, Bélgica e do Brasil, o nosso guia: Leo e o motorista: Juanjo.
Algumas informações que recebemos pelo guia:
Salta é a capital da província de Salta e uma das mais importantes cidades do noroeste do país. Salta fica localizada a leste da cordilheira dos Andes, no fértil Vale de Lerma, cerca de 1.187 m de altitude. Tem uma população de 1.315 milhões de habitantes. Principais atividades econômicas: Açúcar, Tabaco e Turismo. Clima subtropical seco. De acordo com os estudiosos, a palavra salta foi produto de uma deformação da palavra aimará (os indígenas originais) sagta, que significa la hermosa ("a formosa"), e por fim finalmente permaneceu "Salta, a formosa" ou "linda", como se diz atualmente. A região metropolitana da Grande Salta constitui a oitava maior região metropolitana da Argentina.
Logo que saímos de Salta passamos pela cidade de San Salvador de Jujuy, a capital da Província de Jujuy. Toda província de Jujuy tem cerca de 750 mil habitantes e a cidade 350 mil habitantes. Em 1843 Jujuy foi destruída em 90% por causa de um terremoto. Jujuy teve a sua primeira fundação em 1561, porém em 1563 foi destruída e saqueada pelos índios. Foi novamente fundada em 19 de abril de 1593.
Idiomas que predominam nas Províncias de Salta e Jujuy: Aimará, quéchua e espanhol
A Quebrada de Humahuaca foi considerada pela UNESCO em 02 de julho 2003 patrimônio para a humanidade.
Nos morros quando eles são mais verdes é porque há uma grande concentração de ferro.
Vimos várias casinhas ao longo do caminho. Casas pequenas e baixas. Diz-se que a casa baixa é mais térmica e também é baixa porque a população tem uma altura máxima de 1m65cm.
Nesta região podemos nos deparar com temperaturas bem diferentes ao meio dia e à meia noite, tanto no inverno como no verão. Durante o dia o clima é quente e seco e à noite a temperatura despenca e é muito frio.
Porta feita da madeira de cacto |
Quer um abraço? |
Cactos (cardones) indicam que estamos a mais de 2.000msnm. Eles estão protegidos por lei. Só se pode usá-los quando morrem. A sua madeira é usada para o artesanato, pra fazer móveis, na construção de telhados e portas das casas.
Capelinhas com bandeiras vermelhas que estão em toda parte na margem das estradas da Argentina é o lugar de devoção para o Santo Gauchito Gil que protege aos motoristas e acredita-se que tinha o dom de curar pelas mãos. Gauchito Gil é um lendário personagem da cultura popular argentina. Seu nome completo era Antonio Mamerto Gil Núñez. É considerado o mais proeminente santo gaúcho na Argentina, entretanto não é reconhecido pela Igreja católica.
Rua em Purmamarca |
Artesanato na praça de Purmamarca |
Maymara |
La Paleta del Pintor |
Tilcara – capital arqueológica e onde está o museu do carnaval do norte (2.500 msnm). Nesta cidade se encontram as Ruínas de Pulcara. Uma fortaleza construída no século 12 pelos omaguacas. Hoje as ruínas estão sendo parcialmente reconstruída e são consideradas Monumento Nacional. Mais ou menos 5 mil habitantes.
Em um dos morros o guia mostrou um grande buraco, que há muitos anos foi feito por uma queda de asteróide.
Paramos no Trópico de Capricórnio e compramos uma pequena vicuña de madeira.
Uchia - Loja de Artesanato |
Loja de Artesanato |
Logo depois seguimos para San Antônio de Humahuaca. Cidade de 16 mil habitantes e está a 3 mil msnm.
Humahuaca significa cabeça de chora, ídolo, sagrado.
Rua no centro da cidade |
Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio de Humahuaca |
Monumento a Independência |
Guia explicando como acontece a Festa do Carnaval |
A celebração do Carnaval em Humahuaca é uma das festas tradicionais onde muitas pessoas se reúnem em torno da comemoração da fecundidade da terra e honram a Pachamama. Esta festa é uma combinação de rituais pagãos herdados das tribos indígenas e constituem uma espécie de rebelião das pessoas contra estruturas que a sociedade há imposto a elas. A festa de rua movimentada dura nove dias, começando no sábado anterior ao fim de semana do carnaval, quando termina a celebração.
Na ladeira de um morro inicia o rito do carnaval, onde o diabo sai para se divertir. Os desfiles descem dançando ao ritmo da música popular e abrem caminho nas ruas da cidade onde as pessoas do povoado convidam a continuar as festividades em suas casas. Os grupos de dançarinos dão conta de finalizar cada jornada.
As fantasias coloridas e brilhantes, o aroma das folhas de manjericão, o talco, a bebida em excesso e a diversão das pessoas dançando na rua, dão uma notável particularidade aos carnavais do norte da Argentina. As mulheres vestidas de ciganas e os homens de diabos se encontram. Os homens escondidos pelas máscaras têm coragem de fazer declarações de amor para a escolhida.
O povo de Humahuaca e quem eles convidam, nove dias celebrando o mesmo ritual, finalizam a celebração com o enterro do Pujllay (diabo). Ao cair à noite o ritmo deixa o carnaval jujeno, uma fogueira é acesa e se sacode o talco dos trajes para dar conta do último momento da festividade.
Diferente do resto dos carnavais que acontecem no território nacional da Argentina, o carnaval de humahuaca é uma das atrações que mais chama a atenção no norte argentino. Uma imperdível experiência que combina tradição, cor e muita diversão.
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Na praça da cidade de S.S. de Jujuy |
Local onde está a primeira bandeira Argentina |
Apreciando pintura em homenagem a Pachamama |
Chegando em Salta ao anoitecer |
Encerramos esta postagem com uma frase que ouvimos ou lemos em algum lugar neste belo caminho pela Quebrada de Humahuaca: “No vas a Dios caminando, a Dios vas amando”.
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