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domingo, 8 de março de 2020

Muheres




"A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo. Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa. Porque a tristeza gosta do sabor amargo.

Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto quando o vento do norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e suave como a espuma do atole.

Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza. 

E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…" 

Rui Sá



quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Mensagem de Ano Novo


Nenhuma queima de fogos promete um futuro iluminado.



Nenhum ponteiro marcando meia-noite transforma quereres em realidade.


Nenhum ano novo garante uma nova vida.

Se o coração deseja mudanças é preciso trocar mais que o calendário.

É preciso abandonar medos e encarar desafios.

Driblar velhos hábitos e arriscar novos voos.

Deixar de esperar que os próximos meses 
surpreendam e surpreender a si mesmo.

Acreditar e seguir.

Sonhar e ousar.

Se o coração deseja um novo tempo é tempo de fazer acontecer.



Yohana SanFer


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Primavera




Quando eu flor.
Quando tu flores. 
Quando ele flor ...
Nós flores seremos.  
E o mundo florescerá. 

Que esta primavera que se inicia, perfume o seu coração com todos os aromas da alegria. 
Que o calor seja suave.
E que a brisa seja amena.
Que o perfume seja doce.
E que cada dia valha a pena.

Que estes três meses lhe renovem a paz, o amor, a saúde e a força para seguir com os projetos da sua vida.
Deixe que a vida faça contigo, o que a primavera faz com as flores.

Encante - se!
Transborde cor!
Espalhe amor! 
Primavere-se.

(Sandra Braconnot)




quinta-feira, 24 de novembro de 2016

CHARIS (χαρις)

Dia Nacional de Ação de Graças




O termo grego χαρις aparece 158 vezes nos livros do Novo Testamento. É um verbete central do Evangelho, com destaque para a Teologia do Apóstolo Paulo, e tem significado inalienável para o luteranismo. χαρις é "graça". Segundo Lutero, nossa redenção é pura χαρις (graça) de Deus.

Por esse caminho etimológico (etimologia é a ciência que estuda a origem das palavras), χαρις é algo que nos é dado sem que nada seja cobrado em troca. Assim a χαρις (graça) que produz a nossa salvação não se encaixa em nenhuma matemática. Não existe calculadora em condições de calcular a χαρις de Deus consumada em Cristo.

χαρις deu origem a termos conhecidos da nossa língua portuguesa, como CARIdade e CARIsma. O termo grego χαρις tornou-se "gratia" no latim, o que contribui para que nem sempre percebamos a etimologia das palavras a que χαρις deu origem.

"CARIdade" é algo que você faz por doação, "por" graça e "de" graça, sem colocar na ata da sua vida como algo a ser cobrado mais tarde.

"CARIsma" é uma capacidade ou habilidade que você recebeu, que lhe foi dada. Por isso, é um DOM, algo que lhe foi dado. E é bom que fique claro que você o recebeu sem merecimento. Não existe meritocracia na χαρις!

Assim, é de lamentar que no termo CARISmático o uso do verbete se resuma a classificar um grupo de cristãos pelo uso de "dons" específicos como o de falar em línguas ou de cura, o que muitas vezes é visto como um privilégio ou um dom especial dado a cristãos que são mais e melhores do que os outros. A χαρις de Deus não usa esse tipo de classificação. TODOS e TODAS são agraciados (olha o termo GRATIA aí!) com dons. É só descobrir e usar o seu!

Por isso, GRATIA produz GRATIDÃO. Seja agradecido! Seja agradecida! Hoje é o Dia Nacional de Ação de Graças. Aproveite para usar seu CARIsma e fazer CARIdade.

Que Deus abençoe o seu dia!


CLÓVIS HORST LINDNER



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Crianças, que beleza aprender com elas!




Para Luíza e Gabriel


O Deus vivo chega até nós
de um jeito surpreendente.
Vem na pele de um menino 
Nascido numa estrebaria
Entre animais e palha macia.
Que beleza! Que liberdade! Que graça!
Ah, nesse Deus tão frágil, tão humano
É preciso crer.
Mas ele vem ainda e sempre
Na voz, na inteligência e na liberdade
De outras crianças que nos surpreendem
Com sua criatividade e alegria.
Louvo a este Deus pelas crianças.
No seu dia – que é todo dia –
E penso nelas e me junto às pessoas
Que neste país lutam pela vida
Das crianças, de todas elas,
Pequenas e grandes, pobres ou remediadas.
Criança é sinal do reino de Deus como disse Jesus.
Ah, defender as crianças da soberba
De governantes que traem seu futuro
É compromisso de fé,
É agir com honestidade e grandeza.
Há que devolver-lhes – com generosidade –
A música, o teatro, a pintura, o senso de liberdade.
Assim seja, hoje e amanhã.



Roberto E. Zwetsch







quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amigos e Amigas...





Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Poeta carioca Vinicius de Morais



AMIZADE



"Mesmo que as pessoas mudem 
e suas vidas se reorganizem, 
os amigos devem ser amigos para sempre, 
mesmo que não tenham nada em comum, 
somente compartilhar as mesmas recordações.
Pois boas lembranças, são marcantes, 
e o que é marcante nunca se esquece!
Uma grande amizade 
mesmo com o passar do tempo 
é cultivada assim!"

(Vinícius De Moraes)


QUANDO É O DIA DO AMIGO E DA AMIGA?


Como sempre, essas datas costumam criar um monte de confusão. Muita gente celebra hoje, dia 20 de julho, o Dia do Amigo. Para a ONU, o Dia Internacional da Amizade é o dia 30 de julho. E agora, você sabe a razão dessas duas datas? O dia 20 de julho como Dia do Amigo vem da Argentina. A data foi criada pelo médico Enrique Ernesto Febbraro, que usou o dia da chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969, para enviar quatro mil cartas a diversos países para instituir o Dia do Amigo. Febbraro dizia que a chegada do homem à Lua era "um feito que demonstra que, se o homem se unir a seus semelhantes, não há objetivos impossíveis". O Brasil e o Uruguai aderiram à proposta de Febbaro.
Mas o Brasil também aderiu à proposição da ONU, que decidiu no dia 27 de abril de 2011, durante o 65a. sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, dentro do tratamento da "Cultura de paz", reconhecer "a pertinência e a importância da amizade como sentimento nobre e valioso na vida dos seres humanos de todo o mundo". Assim, decidiu designar como Dia Internacional da Amizade o dia 30 de julho, em concordância com a proposta original promovida pela Cruzada Mundial da Amizade. A iniciativa foi apresentada conjuntamente por 43 países (incluindo o Brasil e quase todos os países sul-americanos), e foi aceita unanimemente pela Assembleia Geral.
Portanto, hoje e daqui há dez dias, VIVA A AMIZADE!


P. Clóvis Horst Lindner


segunda-feira, 21 de março de 2016

Dia Internacional da Síndrome de Down

O dia 21 de março foi escolhido pela Down Syndrome International como dia internacional em alusão aos três cromossomos no par de número 21 que as pessoas com síndrome de Down possuem.

Um dia para homenagear, para olhar e para lutar por pessoas muito especiais, lutar, principalmente, contra a discriminação e a falta de informação no dia-a-dia. 

A pessoa com Down tem limitações que muitos não temos. Mas eles são como nós, têm suas angústias e alegrias, seus desejos e inseguranças. 


E é como cidadão pleno que precisa ter todos os seus direitos respeitados. 


Todos temos responsabilidade na transformação do atual cenário de preconceito e discriminação, na construção de um caminho rumo ao futuro onde Inclusão, Integração e RESPEITO sejam realidades consolidadas para estas crianças, jovens e adultos.




Saboreando Palavras


Inaugura-se mais um outono...




Muitas folhas cairão para cumprir um ciclo da vida. A umidade vai transformar as folhas caídas em algo proveitoso. Sim, as chuvas cooperam com a terra e o que aparentemente não serve mais, servirá!
Elas, as folhas, amadurecem e seguem o caminho da entrega e da doação. Morrem, de certa maneira! Tornam-se húmus. Alimentam um ciclo de vida. Uma parábola na própria natureza. Uma alusão àquela máxima verdade que diz que quem quer ser importante, que sirva! Existem pessoas que são folhas. Na entrega de si mesmas, tornam-se húmus. Propiciam vida!

Pa. Ester Delene Wilke



terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher

Oração com as mulheres


Deus, que deste à luz o Universo,
geraste em tuas entranhas, apaixonadamente,
tudo o que é, que era, e o que há de vir;

Que até hoje nos aconchegas no teu seio,
e nos abrigas carinhosamente sob as tuas asas,
e nos supres com teu leite e pão e mel,
e nos sacias com a água pura da vida;

A ti elevamos, num sussurro, nossa tímida prece,
na esperança de que o nosso desejo coincida com o teu,
e tu te inclines para ouvir o clamor das tuas filhas:

Que peregrinam dolorosamente nas fronteiras da terra
que são humilhadas, torturadas e obrigadas a esconder o rosto
que são exploradas e roubadas em sua dignidade
que são violentadas e reduzidas ao silêncio…

Vêm até nós com doçura, vigor e amizade!
Vem, na teimosia da esperança,
na obstinação da justiça,
na tua irresistível graça
na eternidade do teu amor.

Vem, aviva nossa memória
e transforma nossa história.

Muda nossos planos,
para que sejamos mais que homens e mulheres,
para que sejamos, enfim, humanos.

Amém!
Luiz Carlos Ramos (8 de março de 2015)



segunda-feira, 7 de março de 2016

Em homenagem ao 08 de Março

Mujer y Mundos Posibles



“Casi no puedo con el mundo que azota entero mi conciencia...” Julia de Burgos




Puesto que nací después de las dos grandes guerras mundiales, no recuerdo en lo que tengo de vida otra época más angustiosa para la humanidad que ésta. Nunca antes nuestro mundo ha necesitado tanto de la imaginación femenina como hoy.

El escritor italiano, Alberto Moravia, decía que las mujeres debíamos gobernar el planeta porque la maternidad es incompatible con la bomba atómica. Yo no sólo estoy de acuerdo, sino que pienso que de nosotras depende el futuro sin guerras que anhelamos.

Hay mujeres que piensan que los comportamientos y sensibilidades que conforman una “ética femenina” son el producto de una opresión histórica. Es posible que así sea; que las responsabilidades que tradicionalmente hemos asumido en un mundo dominado por los hombres sean las que nos han forzado a desarrollar valores como la conciliación, la valorización del ámbito privado, la preocupación por el otro, por las relaciones inter-personales, las emociones y la comunicación. Sean cuales fueran las razones que han depositado esta sensibilidad en la mujer, el hecho es de que poseemos, como grupo, una “ética” diferente. Mientras los hombres están más preocupados por la “universalidad” de ciertas leyes morales, deberes y derechos; las mujeres valoramos mejor el impacto directo de los conflictos sobre las vidas particulares de quienes los sufren. La compasión, la resolución vía diálogo de las confrontaciones no las aprendemos en los libros; las vivimos en el día a día. La ética de cuidar la vida no es para nosotras un concepto abstracto, como puede ser la patria para los hombres. Tenemos una relación biológica con este imperativo de la naturaleza porque en la división del trabajo humano, es a nosotras a quienes nos toca no sólo dar vida, sino protegerla, alimentarla, ayudarle a alcanzar su plenitud y hasta auxiliar a nuestros viejos en el camino hacia su fin.

Hay un viejo principio socialista originado en Fourier y en Engels que afirma que el nivel de libertad de las mujeres es un criterio válido para medir el nivel de humanización de la sociedad. Podríamos deducir de este criterio que un mundo más humano y armónico requeriría de la globalización de la libertad femenina. Yo me atrevería a decir más: Estoy convencida de que el “otro mundo posible” que surgió como enseña del Foro Social Mundial en Porto Alegre, es un mundo imbuido de la sensibilidad, la compasión, el respeto a la vida que portamos las mujeres. Estoy convencida de que de nuevo estamos llamadas a darle a Adán otro mordisco de la manzana del conocimiento, esta vez no para perder, sino para recuperar el Paraíso Terrenal.

La urgencia de esta misión que, pienso, tenemos todas las mujeres del mundo requiere sin embargo que repensemos y reformulemos el carácter de la lucha por nuestra libertad que hemos venido dando desde hace varias décadas.


A raíz de los preparativos de guerra de Estados Unidos contra Irak, fuimos testigos de la más grande movilización por la paz a nivel global que se ha visto en la historia de nuestra especie. Fue hermoso ver las multitudes que se concentraron en las plazas y avenidas de tantas ciudades del globo. Fue hermoso y esperanzador, pero hasta cierto punto, fue un impulso tardío, un impulso que se pareció al de los bomberos que salen a apagar un fuego cuando ya el fuego se ha extendido y amenaza con consumirlo todo.

Y la verdad es que, si no abordamos los problemas de fondo de nuestras sociedades, las mujeres y los hombres de buena voluntad vamos a seguir actuando como apaga- fuegos. Y la solución de estos problemas de fondo a los que me refiero se nos va a seguir escapando mientras sigamos sin abordar el mayor problema de fondo de todos que es el de los valores, de la ética que rige nuestra moderna existencia. La esperanza a la que podemos aferrarnos es la de cambiar esta ética; la de darle al mundo otro mordisco de la manzana bíblica.

Si analizamos la historia del siglo XX, podremos ver algo muy interesante y es que de todas las revoluciones sociales que se produjeron, ninguna tuvo mayores consecuencias, ni cambió más el mundo que la revolución femenina. Cosas fundamentales como el amor, la sexualidad, las relaciones de trabajo, la intimidad de las familias, el potencial de la humanidad, se transformaron sustancial y positivamente. La revolución femenina coincidió en el tiempo con el fin de la guerra del Viet-Nam, el fin de la guerra fría y la democratización de América Latina. Aunque no se haya cuantificado su contribución en estos procesos, la más activa presencia de las mujeres y su nueva valoración social, sin duda dejó su huella en ellos.

Ahora bien, desde fines de los 80 y a través de los noventa, ese impulso fenomenal, ese aire libertador que traía el feminismo, se estancó. El contra-ataque fue despiadado. A las feministas se nos acusó de todo lo que era posible acusarnos y, bajo el embate de una ola conservadora, se produjo un repliegue.

El movimiento femenino se desbandó y para sobrevivir se transformó en un movimiento reivindicativo que se concentró en trabajar alrededor de ciertos temas específicos. Dejamos de cuestionar de manera beligerante los valores fundamentales sobre los que siguen funcionando nuestras sociedades, para convertirnos en especie de “lobbies” para gestionar un limitado número de derechos. La derecha nos acorraló en el debate sobre el aborto mientras continuaba con su agenda fundamentalista promoviendo el regreso a lo que llama “valores cristianos” que, en esencia, lo que cuestionan son todos los cambios que las mujeres proponíamos a la sociedad.

No es que no hayamos continuado avanzando. Hay cantidades de experiencias a lo largo y ancho del mundo que atestiguan el duro ascenso de las mujeres hacia ese Everest de la igualdad, pero estas luchas se han tornado pragmáticas, específicas o individuales; han sido vaciadas de su contenido colectivo y revolucionario, del aliento heroico que animó las luchas por el voto, la quema de brassieres, las tomas de revistas de modas o de los concursos de belleza de los sesentas; o las marchas de las madres en la Plaza de Mayo.


Las mujeres nos hemos dividido entre feministas o no-feministas al faltar ese elemento unificador de una causa común, al fragmentarse el objetivo de nuestras luchas en pequeñas parcelas. Una época como ésta con su necesidad de luchar por la paz nos ofrece una bandera que nadie mejor que las mujeres podemos levantar. La paz nos compete a todas porque la guerra nos afecta a todas. Y la lucha por la paz, entendida como la lucha por una nueva ética humana donde la guerra deje de ser una opción viable, nos presenta un reto lo suficientemente formidable como para llamarnos a desencadenar todas nuestras energías.

Por experiencia sé que grandes retos movilizan nuestra capacidad de grandeza. Los seres humanos llevamos en alguna parte de nuestra psiquis una especie de memoria de la felicidad perdida que nos mueve a seguirla buscando incansablemente. Estos tiempos, con sus amenazas y su desesperanza tienen también su lado positivo porque nos obligan a sacudirnos la complacencia y a buscarnos de nuevo las unas a las otras. El rol que esta vez nos toca jugar es de singular importancia. No podemos dejar que los ruidos de la guerra apaguen los ruidos de la vida. Tenemos que invocar el poder del vientre, el poder del cuerpo femenino para dar un salto definitivo en esta lucha de la humanidad no sólo por la sobrevivencia, sino por el placer y la felicidad de cada uno de sus integrantes.


Cada una de nosotras conoce el poder de las palabras, el poder de la imaginación. Hace mucho ya que el lenguaje femenino que articulaba la filosofía libertaria del movimiento de emancipación de la mujer se volvió ininteligible para la común de los mortales y se tornó en un lenguaje de especialistas. Hay que volver a impregnarlo de su profundo y original hálito liberador, a la vez que se le dota de colores que reflejen la belleza del porvenir. Hay que delinear el futuro que soñemos con las imágenes y las visiones más hermosas de que seamos capaces para que quien lo intuya se sienta poseída por el deseo irrefrenable de hacerlo realidad.

Tenemos hoy más que nunca la responsabilidad de volver echar a volar las grandes ambiciones que hincharon las velas de las valientes mujeres que nos precedieron. A la falsa “ética” militarista y justiciera, debemos contraponer una nueva ética humanista, multicultural, igualitaria, respetuosa y solidaria. Una ética que empiece por reconocer que no se pueden andar pregonando valores como la democracia y la libertad a otros, cuando en nuestro propio “civilizado” occidente la mitad de la población no goza de las libertades, ni la democracia porque está abrumada, mal pagada, mal tratada y sigue siendo ciudadana de segunda categoría.

Hay entonces una lucha de liberación pendiente, que es global y que no puede seguir esperando porque, igual que la lucha por la paz, es clave para que la humanidad no pierda sus rasgos éticos y acabe convertida en una monstruosidad.

Virginia Woolf escribía, en el final de su ensayo “Un cuarto propio”, refiriéndones a la hermana de Shakespeare que nunca existió y decía: esa mujer “vive en ustedes y en mí y en muchas otras mujeres que no nos acompañan esta noche, porque están lavando los platos y acostando a los hijos. Pero vive porque los grandes poetas no mueren; son presencias continuas; sólo precisan una oportunidad para andar entre nosotras de carne y hueso”


Y sigue diciendo: “si nos adiestramos en la libertad y el coraje de escribir exactamente lo que pensamos; si nos escapamos un poco de la sala común y vemos a los seres humanos no ya en su relación recíproca sino en su relación con la realidad......si encaramos el hecho de que no hay un brazo en que apoyarnos y de que andamos solas y de que estamos en el mundo de la realidad y no sólo en el mundo de los hombres y las mujeres, entonces la oportunidad surgirá y el poeta muerto que fue la hermana de Shakespeare se pondrá el cuerpo que tantas veces ha depuesto.”
El futuro es nuestro, compañeras. Pero tenemos que ganárnoslo, que defenderlo con la pluma, con las ideas y con una cada vez más ferviente solidaridad humana para que de nuestro parto colectivo nazca ese otro mundo posible al que aspiramos.



Gioconda Belli
07 de março de 2012

Antoinette Brown Blackwell (1825 – 1921)


Resgate histórico

De acordo com a Rede Social da United Church of Christ (Igreja Unida de Cristo ou União Cristã de Igrejas), Antoinette Brown Blackwell foi a primeira mulher a ser Ordenada como Ministra desde o tempo do Novo Testamento. A sua ordenação aconteceu na Igreja Congregacional nos Estados Unidos no ano de 1853, sendo então considerada a primeira mulher eleita para servir numa Comunidade Cristã. Em 1950 a Igreja Metodista admitiu mulheres a ordenação e em 1976 a Igreja Anglicana passou a admitir mulheres ao sacramento das ordens.
Segundo Penelope J. Ryan, em seu livro “Católico Praticante: A busca de um Catolicismo para Terceiro Milênio”:

Podemos ter certeza de que tais mudanças foram feitas somente depois de cuidadoso estudo teológico e oração dentro da tradição cristã. Não foram movimentos fáceis para essas Igrejas Cristãs, mas foram feitos com a convicção de que estavam sendo guiados pelo Espírito, que é maior do que nossas noções humanas de sexismo”.

Encontrei na Internet um momento da vida de Antoinette Brown relatado por um pastor chamado Marcelo Augusto de Carvalho. Não sei de que Igreja ele pertence ou mesmo se o relato corresponde com um fato histórico, mas achei interessante, por isso compartilho...

Antoinette Brown, de 21 anos de idade, ficou parada no parapeito de um barco no Canal Erie, certa noite de agosto de 1846, ouvindo um idoso ministro falar de sua obra missionária ao longo do canal.
- Há muita maldade ao longo do canal- dizia ele. - E poucos para pregarem a mensagem do amor de Deus.
- Eu também creio nessa espécie de Deus - disse Nettie. - Desde que eu era uma menina bem pequena, já desejava falar às pessoas sobre um Deus amoroso. Eu queria ajudá-las, para que elas estivessem preparadas para viver ou para morrer.
- Deus a abençoe - disse o idoso homem, balançando a cabeça em sinal de aprovação.

Encorajada, ela prosseguiu:
- Jamais falei a alguém antes, nem mesmo a minha mãe ou meu pai. Mas sabe, senhor, eu espero um dia ser uma ministra do evangelho.
O missionário deu um passo para trás e franziu a testa:
- Você está dizendo blasfêmia, minha filha. Você nunca leu o que Paulo escreveu: "As mulheres permaneçam em silêncio na igreja, pois não lhes é permitido falar"?
- Só porque sou mulher não posso fazer a obra do Senhor? - perguntou Nettie. - Por certo, temos entendido mal este verso.
Impaciente, o ministro continuou:
- Você não leu na epístola de Timóteo, onde diz: "Não permito que nenhuma mulher fale nem exerça autoridade sobre o homem, mas que esteja em silêncio"?
Nettie ficou em silêncio. Ela terminaria o preparo teológico e depois saberia melhor como responder a essas objeções. Mas conseguir entrar na Escola de Teologia do Colégio Oberlin não era fácil. Finalmente, foi-lhe permitido assistir às aulas, mas não se matricular. Eles se opuseram a sua formatura e a uma licença ministerial.
Mas Nettie sabia que Deus a havia chamado para ser uma ministra. Ela continuou estudando e se preparando até que o caminho se abriu para ela pastorear a pequenina igreja de South Butler, Nova Iorque, tornando-se assim a primeira mulher ordenada nos Estados Unidos.



Este resgate histórico nos convida a uma reflexão da situação do Ministério Feminino nas nossas Igrejas, Paróquias e Comunidades. Na IECLB já se vão 32 anos desde que a primeira mulher foi ordenada pastora. Neste Dia Internacional da Mulher precisamos nos perguntar: Como estamos enxergando o valioso trabalho das Mulheres que ocupam um ministério ordenado ou mesmo estão em cargos de liderança em nossas Comunidades?


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz Ano Novo




Ao romper um novo, não esqueça que:
Sonhos possuem asas.
Asas do desejo, Asas da esperança,
Asas do amor, Asas da fé.
O ano velho se vai,
levando consigo
muitas lembranças,
umas ruins, outras alegres...
Mas isso não importa
O importante
é que você chegou até aqui.
O meu desejo é que seu Novo Ano
seja de PAZ,
Amor, saúde e repleto
de bênçãos e realizações.




Abençoado 2016!