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domingo, 3 de novembro de 2019

Qual o significado e origem do anel de Tucum?




O anel de Tucum surgiu no Império do Brasil, quando a realeza usava joias caras enquanto os escravos e índios, sem condições de comprar uma joia, criaram o tão conhecido anel de Tucum.
Tucum para quem não sabe é uma palmeira bem comum na Amazônia, esse material acabou se tornando um símbolo de amizade, pactos matrimoniais e também, de resistência.
O anel de tucum é um símbolo usado por aqueles e aquelas que acreditam no compromisso preferencial das Igrejas com os pobres. O objetivo é resgatar este compromisso e denunciar as causas da pobreza. Este é o compromisso simbolizado nesta aliança, já que tanto no Antigo quanto no Novo Testamento os profetas e apóstolos afirmam a fidelidade de Deus aos pobres e oprimidos.
A aliança de tucum é o sinal desta fidelidade, deste compromisso. Além da Bíblia, a opção pelos pobres é testemunhada também por toda a tradição da Igreja, principalmente na América Latina, a partir do Concílio Vaticano II e das Conferências dos Bispos em Puebla e Medellín e confirmada por outras conferências. Esta opção é a essência mesmo da vida cristã porque está ligada à imitação da vida de Cristo. Mas esta opção não é apenas uma responsabilidade individual. Neste momento da história, ela implica um compromisso social que está ligado à partilha e acesso à propriedade dos bens absolutamente necessários à vida. Deus está do lado dos pobres porque Deus ama os pobres. Por isso a pessoa cristã é chamada a seguir este mesmo exemplo de amor e opção preferencial que tenta promover a dignidade humana. No pobre revela-se o rosto do próprio Deus (Mateus 25.40).
No filme do “Anel de Tucum", Dom Pedro Casaldáliga explica assim o sentido desta aliança: “(...) Este anel é feito a partir de uma palmeira da Amazônia. É sinal da aliança com a causa indígena e com as causas populares. Quem carrega esse anel significa que assumiu essas causas e, as suas consequências. Você toparia usar o anel? Olha, isso compromete, viu? Muitos, por causa deste compromisso foram até a morte (...)".
Trata-se, pois, de uma aliança popular, de um pacto por fazer tudo que estiver ao alcance, como indivíduo e como ser social, para levar adiante a reivindicação de direitos e a esperança por um mundo realmente humano e fraterno. É a força e a importância do anel de tucum, que se carrega no dedo e, principalmente, no coração, no cotidiano de nossas vidas...
Eram diversos e variados os rituais para celebrar uma aliança. Os mais simples eram: apertar a mão um do outro, dar um presente, trocar de veste ou de armas.
Conforme a tradição bíblica, Deus celebrou várias alianças com seu povo ao longo da história, culminando na pessoa de Jesus de Nazaré. Desde então os seus seguidores e seguidoras passaram a falar em antiga e nova aliança. Assim como a antiga aliança foi constituída pelo sangue dos animais sacrificados (Êxodo 24.8), a nova aliança foi constituída pelo sangue de Jesus Cristo (Hebreus 9.11-20; 10.1-18).
No rastro dessa tradição, renasce o simbolismo da Aliança no Anel de Tucum, extraído de uma palmeira da Amazônia, cheia de espinhos, o símbolo do compromisso e da aliança com as causas das pessoas oprimidas, excluídas e marginalizadas - e suas lutas por libertação.
Foi na década de 70 que o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) adotou e divulgou o Anel de Tucum, hoje usado no mundo inteiro por quem assume a luta pelas causas populares, misturando-se com a sorte dos pobres da terra.
As causas de ontem se encontram com as causas de hoje. Nossas lutas mudaram de cenários e nomes e as pessoas pobres ainda continuam excluídas e oprimidas. Por isso, o anel de Tucum quer simbolizar uma fé engajada, um compromisso com as pessoas pobres, com as pessoas sem voz e sem vez, um compromisso com a VIDA!
Jesus nos revela que Deus está ao lado das pessoas pobres e quer promover sua dignidade, no rosto da pessoa pobre encontramos o rosto de Deus. “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizeste” (Mateus 25.40). Portanto, se nos comprometemos às causas dos preferidos e preferidas de Deus é com Ele que nos comprometemos!
Esse símbolo foi bem escolhido, pois assim como é penoso fazer o anel de tucum, também é árdua a luta por dignidade, vida, esperança e paz.

Fonte: Facebook


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Dicas de Plantio



Lua Nova – É a época certa para adubação e semeadura de ervas aromáticas e medicinais. Na lua nova a mínima luminosidade e máximo refluxo da seiva, favorecem as partes subterrâneas das plantas. Mas cuidado, é tempo de baixa resistência às pragas e ruim para o plantio.

Lua Crescente – A luminosidade atrai a seiva dos vegetais para cima da terra, favorecendo o crescimento das partes aéreas das plantas. Período propício para plantio de cereais, frutos e flores. Ótimo para transplantar, enxertar e colher ervas e folhas, e para podar árvores ou aparar a grama. É a melhor lua para o trabalho com plantas.

Lua Cheia – Tempo ideal para podar e colher sementes, frutos e plantas medicinais. Ideal para semeadura. Na lua cheia a luminosidade e seiva alcançam sua força máxima.

Lua Minguante – Estimula as partes subterrâneas, pois é quando a luminosidade começa a diminuir, favorecendo o refluxo da seiva, é o tempo propício ao plantio de tudo o que dá abaixo do chão, como batata, beterraba, hortaliças e bulbos ornamentais. Bom período para semear frutos e fazer fertilizações orgânicas, assim como para podar a grama de crescimento acelerado.



segunda-feira, 30 de setembro de 2019

DIA DA BÍBLIA - 30 de setembro




Celebrado no dia 30 de setembro, S. Jerônimo (340-420) é conhecido, ao lado de S. Ambrósio de Milão e de S. Agostinho, como um dos três grandes mestres da Igreja latina. Seu trabalho mais importante consiste na tradução da versão grega do Antigo Testamento, conhecida como Septuaginta, para o latim. A tradução de S. Jerônimo ficou conhecida como Vulgata, até hoje o texto bíblico canônico da Igreja Católica Apostólica Romana. – Importante destacar que a maior parte da Vulgata foi traduzida pelo círculo de mulheres do convento de Belém, criado por S, Jerônimo. Aí merecem destaque Paula e Eustóquia. – Em decorrência da celebração de S. Jerônimo no dia 30 de setembro, todo o mês de setembro passou a ser considerado pela Igreja Romana como o mês da Bíblia.



P. Carlos Arthur Dreher