Resgate histórico

Segundo
Penelope J. Ryan, em seu livro “Católico Praticante: A busca de um Catolicismo
para Terceiro Milênio”:
“Podemos
ter certeza de que tais mudanças foram feitas somente depois de cuidadoso
estudo teológico e oração dentro da tradição cristã. Não foram movimentos
fáceis para essas Igrejas Cristãs, mas foram feitos com a convicção de que
estavam sendo guiados pelo Espírito, que é maior do que nossas noções humanas
de sexismo”.
Encontrei
na Internet um momento da vida de Antoinette Brown relatado por um pastor
chamado Marcelo Augusto de Carvalho. Não sei de que Igreja ele pertence
ou mesmo se o relato corresponde com um fato histórico, mas achei interessante,
por isso compartilho...

- Há muita maldade ao longo do canal- dizia ele. - E
poucos para pregarem a mensagem do amor de Deus.
- Eu também creio nessa espécie de Deus - disse Nettie.
- Desde que eu era uma menina bem pequena, já desejava falar às pessoas sobre
um Deus amoroso. Eu queria ajudá-las, para que elas estivessem preparadas para
viver ou para morrer.
- Deus a abençoe - disse o idoso homem, balançando a
cabeça em sinal de aprovação.
Encorajada, ela prosseguiu:
- Jamais falei a alguém antes, nem mesmo a minha mãe ou
meu pai. Mas sabe, senhor, eu espero um dia ser uma ministra do evangelho.
O missionário deu um passo para trás e franziu a testa:
- Você está dizendo blasfêmia, minha filha. Você nunca
leu o que Paulo escreveu: "As mulheres permaneçam em silêncio na igreja,
pois não lhes é permitido falar"?
- Só porque sou mulher não posso fazer a obra do
Senhor? - perguntou Nettie. - Por certo, temos entendido mal este verso.
Impaciente, o ministro continuou:
- Você não leu na epístola de Timóteo, onde diz:
"Não permito que nenhuma mulher fale nem exerça autoridade sobre o homem,
mas que esteja em silêncio"?
Nettie ficou em silêncio. Ela terminaria o preparo
teológico e depois saberia melhor como responder a essas objeções. Mas
conseguir entrar na Escola de Teologia do Colégio Oberlin não era fácil.
Finalmente, foi-lhe permitido assistir às aulas, mas não se matricular. Eles se
opuseram a sua formatura e a uma licença ministerial.
Mas Nettie sabia que Deus a havia chamado para ser uma
ministra. Ela continuou estudando e se preparando até que o caminho se abriu
para ela pastorear a pequenina igreja de South Butler, Nova Iorque, tornando-se
assim a primeira mulher ordenada nos Estados Unidos.
Este
resgate histórico nos convida a uma reflexão da situação do Ministério Feminino
nas nossas Igrejas, Paróquias e Comunidades. Na IECLB já se vão 32 anos desde
que a primeira mulher foi ordenada pastora. Neste Dia Internacional da Mulher
precisamos nos perguntar: Como estamos enxergando o valioso trabalho das Mulheres
que ocupam um ministério ordenado ou mesmo estão em cargos de liderança em
nossas Comunidades?
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