Seguimos viagem para Posadas, capital da Província de Missiones. Lá deixamos o carro em um estacionamento no centro e fomos de taxi até a fronteira (ponte – aduana). Fizemos os papéis de saída da Argentina e depois a entrada para o Paraguai. Tudo foi tranquilo. Fomos de ônibus até Encarnación (centro de compras). Pensávamos em ir de ônibus até a Redução de Trinidad, mas como estava demorando muito decidimos primeiro almoçar. Para nossa surpresa encontramos um restaurante brasileiro chamado Brasilianis. O dono foi muito simpático conosco. Ele é de Curitiba e já está no Paraguai há um ano e meio. No restaurante tinha comida típica brasileira e muito suculenta. Depois do almoço resolvemos pegar um taxi para visitar duas Reduções: Trinidad e Jesus. O táxi era um Mercedes, automático, com teto solar. O ruim era que nada funcionava. Só o teto solar... O taxista era bem falador e nos chamava de Patrão e Patroa. Não gostava dos favoritismos dado aos índios. Não gostava do Presidente Fernando Lugo, pois afrontou a Igreja Católica por ter filhos sendo Bispo. Era bem católico. Fazia o sinal da cruz volta e meia e tinha imagem de Santas no carro. Para ele o Paraguai era tudo de bom, pois nada é proibido. Foi simpático e atencioso e cobrou 350 pesos pela corrida, mesmo que no início queria 500.
Redução Jesuítica Trinidad |
As Reduções de Trinidad e Jesús de Tavarangue são belíssimas. Dá uma ideia real de como eram as Reduções Jesuíticas. Muito bem organizado e limpo. Guias bem preparados, prestativos e simpáticos.
A Santíssima Trinidad do Paraná foi uma das últimas Reduções a ser construída na área do rio Paraná. Originalmente foi construída em 1706, entretanto o declínio dos jesuítas na área fez com que fosse abandonada — juntamente com o resto das Reduções, que acabaram ficando em ruínas.
Jesús de Tavarangue foi fundada em 1685. A arquitetura desta Redução era completamente diferente das outras. Em estilo mourisco, único em todas as Reduções. A igreja não chegou a ser acabada devido à expulsão dos jesuítas e seu teto não seria de madeira ou de pedra como as Igrejas das outras Reduções, e sim de estilo misto com muros de apoio e grandes pilares centrais. Jesús de Tavarangue escapou ilesa aos saqueadores, pois não possuía ouro ou imagens valiosas no altar.
Igreja da Redução Jesuítica de Jesús de Tavarangue |
dentro da Igreja |
Pintura de uma Redução Jesuítica |
Atualmente as ruínas de Trinidad e Jesús de Tavarangue estão bem preservadas e foram declaradas em 1993, Patrimônio Mundial da UNESCO.
No retorno voltamos com o mesmo táxi até a Aduana e de lá pegamos ônibus para cruzar a fronteira. Também foi tranquilo quanto aos papéis. Só o ônibus estava lotadoooooo. O ônibus nos deixou perto de onde deixamos o carro. Já passava das 19h, assim que decidimos seguir viagem para Corrientes e Resistência. Viagem tranquila. Estava mais fresco. Escureceu mais cedo do que imaginávamos. Chegamos em Corrientes por volta das 00h 30m. Decidimos cruzar a ponte e ver um hotel em Resistência, capital da Província de Chaco. Ao atravessar a ponte fomos parados pela Guarda Nacional que quase nos multou por causa do GPS (na Argentina é proibido ter GPS afixado no pára-brisa, pois dizem que atrapalha, tira a atenção, de quem está conduzindo o carro). Achamos que a multa não foi dada porque o João se identificou como Pastor e na foto da CI o João está com a camisa clerical. Em Resistência nos hospedamos no Hotel Colón. Simples mas agradável. Ao chegar no quarto só queríamos um bom banho e cama para dormir... “Desmaiamos” de cansaço, mas gratos por tantas coisas bonitas que vimos e aprendemos... E lá se foi o segundo dia...
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