4º
dia – 29 de dezembro de 2013 – terceira parte
Depois do almoço fomos ao Museu MAAM (Museu de Arqueologia da Alta Montanha) ver Los niños de Llullaillaco. Este museu fica bem no coração da cidade, na Praça 9 de Julho, onde também estão a catedral e o antigo Cabildo.
Museu de Arqueologia da Alta Montanha |
O museu MAAM (http://www.maam.gob.ar/) foi construído para
preservar “Los Niños de Llullaillaco”, múmias de três crianças que foram
encontradas em 1999 no topo da montanha Llullaillaco, a 6.700 msnm. Os corpos destas
três crianças se mantiveram intactos durante mais de 500 anos por causa das
altitudes extremas, o frio e as cinzas de vulcão que caíram sobre elas até
serem encontradas por um grupo de exploradores.
As três crianças foram deixadas lá em um ritual inca. Ritual esse
em que as crianças mais bonitas e de melhor descendência eram deixadas no topo
das montanhas nevadas. O ato era considerado uma oferenda aos deuses, para
pedir por boas colheitas.
Hoje,
as múmias das três crianças são mantidas no museu por meio da crioconservação.
Elas ficam em cápsulas que mantém a temperatura em -20ºC, pouco oxigênio e iluminação
filtrada que garantem a preservação dos corpos.
La niña del Rayo |
La Donzela |
El niño |
*** Fotos tiradas da internet, uma vez que não é permitido tirar fotos no museu ***
Somente uma criança por vez fica em exibição ao público. No dia em
que fomos era “La niña del rayo”, uma menina que na época tinha seis anos. O
nome se deve a que enquanto esteve enterrada ela foi atingida por um raio e
está com algumas partes do rosto e das roupas queimadas. A niña perdeu tamanho
por causa da desidratação, mas está praticamente intacta. Parecia que a
qualquer momento ela ia acordar de um longo sono, bocejar e sair andando como
qualquer criança.
Inclusive há um vídeo que é mostrado para os visitantes em que
pesquisadores mostram que os órgãos internos das três crianças estão intactos.
O MAAM exibe ainda os objetos que foram encontrados enterrados juntos com as
crianças. São roupas, mantos e algumas miniaturas feitas com ouro, prata e
plumas, que mostram o simbolismo do império inca, que dominou os indígenas do
noroeste da Argentina no século XV, pouco antes da chegada dos espanhóis.
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