Eu amo a minha Igreja. Minha, não no sentido de posse, mas
porque eu pertenço a ela. Ela não é minha. Ela pertence ao meu Senhor Jesus
Cristo e eu me sinto acolhido e feliz por fazer parte da comunhão de seu povo
desde meu batismo. Ela não me pertence. Por isso, eu não imponho meus conceitos
e preconceitos, mas procuro servir humilde e obediente meu Senhor nas pessoas
que ele põe no meu caminho, por mais diferentes que sejam.
Eu amo a minha Igreja da qual Cristo é o Senhor, pela qual
ele morreu e ressuscitou, na qual ele nos conduz pelos caminhos da Missão
(Liturgia, Comunhão, Evangelização, Diaconia) rumo à casa do Pai (João
14.1ss.). Contra esta Igreja “as portas do inferno não prevalecerão” (Mateus
16.18). Nesta Igreja eu sigo meu Senhor, pois “ele deixou exemplo para seguir
seus passos” (1 Pedro 2.21). Nesta Igreja eu me esforço para servi-lo fielmente
“amando Deus acima de todas as coisas e amando as pessoas como a mim mesmo”
(Mateus 22.34-40).
Em 1 Coríntios 12, o apóstolo Paulo compara a Igreja a um
corpo. Cada qual é membro deste corpo, cuja cabeça é Cristo! Quando uma parte
de nosso corpo adoece, é na cabeça que se manifestam os sintomas (percepção da
dor). Assim também na Igreja: ela é formada por pessoas pecadoras, porém
justificadas e resgatadas por Cristo. Em sua fraqueza humana, elas sempre de
novo são tentadas a querer se emancipar do corpo ou assumir a função da Cabeça.
A esta doença damos o nome de pecado. Quando nós, o corpo, adoecemos por causa
de nossas fraquezas e pecados, é a cabeça, Cristo, que sofre por nós.
Eu amo a minha Igreja, contra a qual nada e ninguém
prevalecerá, pois ela pertence a Cristo! Eu amo a minha Igreja, apesar de
sintomas febris que humanamente a acompanham. Tenho a absoluta confiança de que
meu Senhor cuidará dela. Quando adoecemos, vamos em busca do tratamento que
interrompa o mal que nos acomete. Na Igreja, nos encontramos o remédio nas
Sagradas Escrituras, que nos orientam a “cooperar com igual cuidado em favor
uns dos outros” (1 Coríntios 12.25). Temos o compromisso de amar nosso próximo
independente do que ele é ou como pensa, pois Deus nos ama incondicionalmente
por meio de Jesus Cristo, independente do nosso merecimento (Romanos 3.23-24 e
1 João 4.7ss.).
Eu amo a minha Igreja, febril segundo os conceitos humanos,
mas imperecível na comunhão com Cristo! Eu amo minha Igreja porque ela pertence
a Cristo. E nenhuma polarização das Redes Sociais prevalecerá contra ela!
P. Geraldo Graf
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