quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amigos e Amigas...





Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
Poeta carioca Vinicius de Morais



AMIZADE



"Mesmo que as pessoas mudem 
e suas vidas se reorganizem, 
os amigos devem ser amigos para sempre, 
mesmo que não tenham nada em comum, 
somente compartilhar as mesmas recordações.
Pois boas lembranças, são marcantes, 
e o que é marcante nunca se esquece!
Uma grande amizade 
mesmo com o passar do tempo 
é cultivada assim!"

(Vinícius De Moraes)


QUANDO É O DIA DO AMIGO E DA AMIGA?


Como sempre, essas datas costumam criar um monte de confusão. Muita gente celebra hoje, dia 20 de julho, o Dia do Amigo. Para a ONU, o Dia Internacional da Amizade é o dia 30 de julho. E agora, você sabe a razão dessas duas datas? O dia 20 de julho como Dia do Amigo vem da Argentina. A data foi criada pelo médico Enrique Ernesto Febbraro, que usou o dia da chegada do homem à Lua, em 20 de julho de 1969, para enviar quatro mil cartas a diversos países para instituir o Dia do Amigo. Febbraro dizia que a chegada do homem à Lua era "um feito que demonstra que, se o homem se unir a seus semelhantes, não há objetivos impossíveis". O Brasil e o Uruguai aderiram à proposta de Febbaro.
Mas o Brasil também aderiu à proposição da ONU, que decidiu no dia 27 de abril de 2011, durante o 65a. sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, dentro do tratamento da "Cultura de paz", reconhecer "a pertinência e a importância da amizade como sentimento nobre e valioso na vida dos seres humanos de todo o mundo". Assim, decidiu designar como Dia Internacional da Amizade o dia 30 de julho, em concordância com a proposta original promovida pela Cruzada Mundial da Amizade. A iniciativa foi apresentada conjuntamente por 43 países (incluindo o Brasil e quase todos os países sul-americanos), e foi aceita unanimemente pela Assembleia Geral.
Portanto, hoje e daqui há dez dias, VIVA A AMIZADE!


P. Clóvis Horst Lindner