domingo, 21 de dezembro de 2014

Quarto Domingo de Advento


Deus transforma o medo em louvor

Os anjos que louvaram a Deus na noite de Natal nos falam das alturas e da terra. Entoam hinos de louvor: louvor une as vozes que se tornam tão forte parecendo um exército. Entoam hinos de louvor: louvor testemunha paz na terra a partir da vida de Deus que se faz criança.

Por onde ando, escuto louvores: vitórias individuais proclamadas como graça de Deus, pessoas em busca de segurança e não de justiça, louvores a outros deuses fortes e poderosos.

Atos religiosos incentivam o zelo individual (esmolas e atos caritativos) por indivíduos (‘do bem’), afirmam que há salvação nos pequenos gestos e legitimam as diferenças existentes na sociedade.

É um louvor que traz medo: das tristezas mal resolvidas, da ausência que dispersa as pessoas e motiva à individualização. É um louvor que traz culpa: desviamos de pedintes, empobrecidos e doentes sem recursos.

O louvor dos anjos neste Advento anuncia o caminho para a glória de Deus no céu, para a paz na terra. O ‘exército de anjos’ rompeu a noite de medo com anúncio de paz. Não matou ninguém, nem assegurou vitória financeira, não feriu, nem estragou, não cobrou e sequer obrigou pastores a cantarem com eles.

Seguir o louvor move à participação da paz: alegria verdadeira e justiça palpável. Que a glória seja a Deus e não a nenhuma de suas criaturas.

Pastora Margarete Emma Engelbrecht 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Terceiro Domingo de Advento


Esses dias conversando com um ancião sobre a época natalina, este me disse: “Hoje em dia não consigo mais sentir a alegria e o clima festivo de advento e Natal que sentia quando era criança”.

Penso que este também é o sentimento que acompanha a maioria das pessoas de hoje. A alegria estampada nos rostos das crianças com o menino Jesus que nasceu na manjedoura, as luzes coloridas, os enfeites, os presentes, as festas... Tudo isso parece ter outro significado para os adultos, porque em parte perdemos a simplicidade de como tudo aconteceu.

Antes de Jesus nascer, Deus enviou João Batista para preparar os corações das pessoas. Ele disse: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”. Este preparo teve a ver com arrependimento e mudança de vida.

No entanto, percebe-se que Natal vem e Natal vai e há pouca mudança de vida. Os problemas continuam os mesmos, porque o ser humano continua o mesmo. Não se percebe nele mudanças. Mudança tem a ver com arrependimento; é não fazer mais o se fazia antes, é uma inversão na caminhada; é viver a vida com novos propósitos a partir do amor de Deus encarnado na criança da manjedoura.

Este foi o chamado de João Batista: “Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”. Falar em arrependimento parece estar fora de moda. A maioria das pessoas se acha justas e perfeitas, não necessitando de arrependimento.

No dia de Natal Deus olhou desde os céus para a terra e viu seus filhos e suas filhas perdidos e teve compaixão, tornando-se em Cristo um de nós.

A pregação de João Batista é uma grande advertência. Ele anuncia a vinda do Messias, que vai provocar uma grande transformação. É preciso estar preparado, purificando-se e mudando o modo de ver a vida e de vivê-la.

Quem bom se pudéssemos novamente sentir a alegria da época de Advento e Natal que sentíamos quando éramos crianças.

P. Oswald Doege

domingo, 7 de dezembro de 2014

Segundo Domingo de Advento


As palavras das Senhas Diárias para este 2º Domingo de Advento vêm do Evangelho de Lucas 3.4 e 6: O profeta Isaías diz: Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. E toda a humanidade verá a salvação de Deus.
Estas palavras falam em deserto. Há o deserto físico, mas também o simbólico. O deserto rompe com a normalidade da vida. O deserto na maioria das vezes está associado à ameaça da vida. Mas ele também tem seus encantos, surpresas, novas oportunidades e chances que na abundância e agitação da vida diária nem percebemos. Provavelmente, por isso, que Deus se encontra com os israelitas tantas vezes no deserto. Também de Jesus sabemos que, após o Batismo, ele foi para o deserto, onde por quarenta dias resistiu às tentações do diabo. O deserto nos revela que quem o sobrevive, retorna dele, com certeza, mais fortalecido e revigorado. Toda pessoa que já atravessou um deserto sabe que a vida jamais é como antes.

João Batista também convida em meio aos desertos da vida a preparar o caminho do Senhor. O que significa, afinal, preparar o caminho do Senhor? Preparar o caminho do Senhor é anunciar e lembrar a todas as pessoas que andam nos desertos da vida que Deus veio a nós em Jesus Cristo no Natal. Significa anunciar que não estamos sozinhos nos desertos da vida. Preparar o caminho do Senhor é anunciar que nos desertos da vida Deus nos surpreende e abraça com o seu Oásis, Jesus Cristo, que não deixa a nossa vida árida e sedenta.

Deus nos faz ver em Cristo Jesus a sua salvação. O seu Oásis não é mais promessa, mas é realidade em Cristo Jesus. O deserto não tem mais a última palavra em nossa vida, mas o amor de Deus. Portanto, abraçados por este amor de Deus em Cristo Jesus somos convidados e chamados neste tempo de Advento a ser profetas e profetisas. Profetas e profetisas que dizem NÃO a tudo que limita, atrofia, violenta e mata a vida. Profetas e profetisas que se perguntam: Ainda sou sensível aos dramas e tragédias que envolvem a vida humana e a criação de Deus ou me tornei indiferente? Pensemos sobre isso neste segundo domingo do tempo do advento e que este tempo possa ser um tempo abençoado...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Tempo do Advento

Que esse ADVENTO seja a oportunidade de renovar nosso SIM para o Deus-Menino!



ADVENTO! Tempo de Preparação!
Tempo de fortalecer laços de comunhão.
Tempo de saber-se amparado nos braços de Deus.
Tempo de fortalecer esperança.
Tempo de sentir a luz de Deus que nos anima a viver em comunhão,
amparar-se nos braços de Deus,
anunciar esperança.

Abençoado tempo de Advento e Natal!

domingo, 30 de novembro de 2014

Primeiro Domingo de Advento

Primeiro domingo de Advento.... Seja bem vindo tempo de Advento... Que seja um tempo abençoado e de profundas reflexões...



domingo, 2 de novembro de 2014

Saudades...

Burchard, Karin e Sonja
Dia 02 de novembro é dia de saudades... Neste ano são 40 anos de saudades do meu pai (Burchard Emil Hendrich). Em dezembro, dia 25, serão 6 anos de saudades da minha mãe (Karin Jauregui de Hendrich)... Quanta falta fazem os dois. Muitas lembranças e uma vontade louca de dar um forte e carinhoso abraço. A morte é cruel por isso, não nos possibilita mais o abraço... a conversa solta... Fica a fé e a esperança na ressurreição... a possibilidade do reencontro e do abraço...

Sonja e seu pai nos tempos em que moravam na Bolívia

Karin e Burchard


No dia em que viajaram para o Brasil

A um ausente
Carlos Drummond de Andrade

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.



Rodolfo, Sonja, Karin e Mami

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

MAFALDA comemora seus 50 anos...

Mafalda em San Telmo
Mafalda é uma menina muito esperta de seis anos. Ela tem cabelos curtos e pretos, e odeia sopa. Ela sempre tem uma crítica na ponta da língua quando o assunto é a realidade injusta e incoerente que ela vive e enxerga. Rejeita a destruição do meio ambiente, a falta de sensibilidade dos governantes, a injustiça social e o machismo.

Mafalda e o papai Quino





Mafalda, nasceu dia 29 de setembro de 1964, em San Telmo, em Buenos Aires, pelas mãos do cartunista portenho Quino (Joaquín Salvador Lavado). Completando hoje 50 anos - 29 de setembro de 2014 - a personagem continua viva e atual em todo o mundo. 


Suas tirinhas foram traduzidas em vinte línguas e, apesar de terem durado menos de uma década (Quino decidiu parar de desenhá-la em 1973), coleciona velhos e novos fãs. Suas frases simples, mas de impacto, continuam nos ajudando a pensar e refletir sobre a realidade e o mundo em que vivemos... 

Mesmo num dia de chuva...


... era preciso visitá-la...

Parabéns Mafalda! Parabéns Quino!

João num papo agradável com a Mafalda

Um beijo de felicitações pelos 50 anos


Mafalda em seu aniversário recebe de presente a presença de dois amiguinhos, Susanita e Manolito.


sábado, 20 de setembro de 2014

Aniver do netinho Leonardo

Bênçãos mil ao pequeno 
Leonardo Willig De Nardin
Primeiro ano de Vida e já tantos momentos significativos em nossas Vidas...
Parabéns Papai Augusto e Mamãe Gabriela. Estamos vibrando com vocês...



"Eu não entendia quando as mães falavam que não imaginavam mais a vida sem filhos. Hoje, no dia que o Léo completou um ano, me peguei pensando que minha vida antes não tinha graça nenhuma. Estamos comemorando muito mais que um aniversário. Estamos comemorando o ano mais intenso, louco e cheio de amor das nossas vidas. É claro que nem todos os dias foram fáceis, mas tudo é compensado com momentos emocionantes como hoje quando o Léo deu seus primeiros passos sozinho. Feliz aniversário, meu filho. Que os teus dias sejam abençoados, repletos de alegrias e sempre com muita saúde." Gabriela em 19 de setembro de 2014

domingo, 10 de agosto de 2014

Dia dos Pais em Família...

No ano de 1901, numa pequena cidade dos Estados Unidos, uma mulher, chamada Senhora Drooce, resolveu prestar uma homenagem a seu pai. Ela fazia isso porque queria retribuir a carinhosa educação que ele lhe havia dado.
Num determinado dia, reunindo seus amigos, preparou uma surpresa para seu pai.

A festa foi tão bem organizada e emocionante que, a partir daquele dia, todos que tinham comparecido à reunião, resolveram homenagear não somente o pai da senhora Drooce, mas a todos os pais da cidade.

A idéia causou grande efeito, pois, no ano seguinte muitas pessoas começaram a organizar suas homenagens a seus pais.

Então, aos poucos, espalhou-se pelo mundo a idéia de se dedicar o segundo domingo de agosto aos pais.


No Brasil, desde os anos setenta, essa idéia vem se tornando significativa, para alegria de todos os filhos e as filhas, que nesse dia podem demonstrar sua gratidão pela vida e pela boa orientação recebida dos pais.

Família reunida


Pai João Willig e Pai Lairton Piazza

sábado, 26 de julho de 2014

Dia 26 de julho de 2014 - Dia especial


João no momento da mensagem aos noivos
Dois momentos especiais 
neste dia 26 de julho: 


Bênção Matrimonial 
do filho Daniel Willig com a Maitê Piazza 
e o primeiro dia dos avós. 
Muitas bênçãos na vida 
do Pai e do Avô João Willig.




Pa Jaqueline (mãe da noiva), P. Leonard (avô do noivo) e P. João (pai do noivo)


Enfim casados!!!!
Palavras de amor e carinho
Que sejam felizes com as bênçãos de Deus

Um brinde ao casal...



Agradecimentos...


Bênçãos mil ao vovô e ao netinho Leonardo








domingo, 11 de maio de 2014

Feliz Dia das Mães



Mães sábias são as que amparam o voo dos/as filhos/as sem lhes substituir as asas.
Mães verdadeiras fazem tudo o que podem para que o/a filho/a se emancipe, cresça, tome a vida em suas mãos e decida fazer o que for melhor.
Mães divinas são aquelas que criam sua/seu filha/o para a liberdade. Livre, toma decisões. E elas, divinas que são, respeitam as decisões da/o filha/o.
Mães brilhantes são aquelas que, por vezes, discordam da/o filha/o. Mas, assim mesmo, aplaudem seus sonhos, suas esperanças e realizações.
Mães singulares, especiais são aquelas que amam tanto sua/eu filha/o que também lhe permite correr o risco de errar. E estão sempre dispostas a recebê-la/o de volta com maternal abraço.
Mães não são cofres, são trampolins. Não retém o seu tesouro, mas o lança para o mundo. Só assim o filho/a se realiza, quando, aparentemente, o perdem elas o ganham definitivamente.
Parabéns a você, mamãe! Que todos os dias seja tratada e amada como no Dia das Mães.
Irineu Costella

sábado, 26 de abril de 2014

Uma singela homenagem

Aos 61 anos de vida parte um grande amigo e companheiro nos caminhos do Ecumenismo. Fomos companheiros de trabalho no tempo em que atuei em Minas Gerais, na Paróquia de Funil. Na época era apenas conhecido como o Padre Moreira. Amigo e parceiro nos caminhos do Senhor... Logo que cheguei em Conceição de Ipanema, recém formada... Primeiro campo ministerial... Fui recebida com muito carinho pelo Padre Moreira e suas Comunidades. Ele estava curioso para saber se poderíamos caminhar juntos, numa proposta ecumênica e libertadora... Foram sete anos... Aprendi muito com este grande homem de Deus... Foi muito bom tê-lo conhecido. Pena que perdemos contato e só agora pude saber um pouco por quais caminhos ele andava... Orgulhosa pela jornada percorrida... Com certeza deve ter sido um baita Bispo... Estou muito triste com o ocorrido. Entretanto, fica o conforto de que ele foi ao encontro do Deus da Vida, que venceu o último inimigo, a morte. Mesmo nesta certeza dói muito. A morte é muito cruel, nos impossibilita o abraço. Fica a fé do reencontro. Vai em paz amigo...


Celebração Ecumênica
em São José do mantimento/MG


Celebração Ecumênica no dia do Trabalhador Rural
28 de junho de 1991
José Moreira Bastos Neto
Um pouco de sua trajetória de vida...

Natural de Simonésia, em Minas Gerais, nasceu em 25 de janeiro de 1953. Filho de José Moreira Bastos Filho e de Emília de Paula Bastos, tendo como irmãos Joaquim, Maria de Fátima e Maria Lúcia. Cursou o Ensino Fundamental em sua cidade natal, nas escolas Padre Miguel e São Simão. Em 1971 ingressou no seminário em Caratinga, onde cursou o Ensino Médio e os cursos de Filosofia e de Teologia. Fez também o curso de História na Faculdade de Caratinga. Em 1977, recebeu o leitorado e o acolitato, seguido do diaconato no ano seguinte.

Sua ordenação presbiteral ocorreu no dia 28 de outubro de 1979, com a imposição das mãos do bispo diocesano de Caratinga Dom Hélio Gonçalves Heleno que, naquela data, realizava também sua primeira ordenação. Celebrou sua primeira missa na igreja matriz da paróquia São Lourenço, em Manhuaçu, no dia 4 de novembro de 1979.

Atuou nas paróquias de Divino, Caratinga (Seminário N. Sra. do Rosário), Tarumirim, Santo Antônio do Manhuaçu, Conceição de Ipanema, São José do Mantimento, Chalé, Carangola, Faria Lemos, Entre Folhas, Santa Rita de Minas e Vilanova (distrito de Manhuaçu).



Dom José Moreira Bastos Neto
Como padre acompanhou a Pastoral da Juventude e as Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s) na Diocese de Caratinga e micro-região Centro de Minas Gerais. De 1998 a 2005 foi reitor do Seminário da Diocese de Caratinga. Em 7 de janeiro de 2009, foi nomeado bispo pelo Papa Bento XVI. No dia 19 de abril de 2009, foi ordenado bispo em Simonésia, por dom Hélio Gonçalves Heleno. Tomou posse na diocese de Três Lagoas a 3 de maio de 2009. Seu lema episcopal, “Tomou-me para o seu serviço”, direcionou sua vida e missão como bispo. "Testemunhou a vida do evangelho na simplicidade, diálogo, prontidão e generosidade".


Bispo Dom José Moreira
No regional Oeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que corresponde ao estado de Mato Grosso do Sul, foi indicado para ser o bispo acompanhante da CPT, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), e demais pastorais sociais.

Em março de 2012 também foi indicado como bispo acompanhante das CEB’s. Participava ainda da Comissão Regional de Justiça e Paz. Em âmbito nacional, integrou a Comissão Oito da CNBB, a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.

Na CPT, foi eleito vice-presidente pela XXIV Assembleia Geral, no dia 30 de março de 2012. Na época, ele afirmou que queria contribuir na valorização do homem e da mulher do campo, na defesa e conquista de seus direitos.



Na tarde do dia 26 de abril de 2014, participava de um encontro com religiosos quando sofreu um infarto e foi encaminhado para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Após paradas cardíacas, foi submetido a uma angioplastia, mas não resistiu e faleceu por volta das 17h.

sábado, 8 de março de 2014

Canção das Mulheres



Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.
Lya Luft





quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Bodas de Flores e Frutas ou Cera

Comemoração do nosso Quarto Ano de Casamento
São 48 meses, 209 semanas, 1461 dias, 35.065 horas, 
2.103.900 minutos, 126.234.000 segundos.




Toda flor é um pedacinho que dá mais vida a um jardim.
Todo verde ramo é um pedacinho de esperança.
Todo tijolo um pedacinho que completa a construção.
Tudo o que nos cerca é um pedacinho do nosso imenso universo
e tudo o que sentimos de bom são pedacinhos de amor...
Amor que nasce com a vida, cresce com a gente e que não acaba.
Amor que é eterno, assim como é eterno o seu Criador.
Poema de Maria Lederer

Quatro anos: Em nossa história já temos o papel (1 ano) para escrever a cada dia uma página da vida, o algodão (2 anos) para ter o aconchego, o carinho e o calor, o trigo e o couro (3 anos) que vem para alimentar,unir, proteger e fortalecer a nossa união. E agora mais um ano. Já são quatro anos de casamento: Bodas de Flores e Frutas ou cera. A Cera é produzida pelas abelhas. Pode ser usada para fazer remédio, mas também para confeccionar velas. As Frutas e as Flores vêm da Natureza. São para alimentar e embelezar. Juntas simbolizam o progresso natural do relacionamento, luz, vitalidade, beleza, bênçãos e saúde.



A vela, para nós - cristãos e cristãs - possui um simbolismo muito rico e muito bonito. Ela não só representa a luz de Deus, como também representa a presença dele em nossas vidas, no nosso caminho. É esta a luz da qual precisamos para viver. É esta a luz que nos acompanhou por estes quatro anos. E é esta luz que desejamos que continue iluminando o nosso relacionamento, para que possamos encontrar toda a força e o amor necessários para os diversos momentos que ainda vamos viver. Deus nunca se cansa de nos abençoar, de nos iluminar com a sua luz. A nós, cabe apenas saber reconhecê-la e aceitá-la. Por tudo isto nós temos motivos para agradecer: agradecer pela vida, pela família, pelo amor, pela comunhão, pelos 04 anos de matrimônio. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pelos caminhos de Humahuaca, Argentina...

8º dia – 02 de janeiro de 2014

Iniciamos o dia, animados e cheios de expectativas. Tínhamos pela frente um passeio pela Quebrada de Humahuaca, agora rumo à cidade de Humahuaca. Mesmo caminho que percorremos, mas agora indo em direção à Bolívia. Participaram no TUR turistas da Holanda, Israel, Argentina, Alemanha, Bélgica e do Brasil, o nosso guia: Leo e o motorista: Juanjo.

Algumas informações que recebemos pelo guia:

Salta é a capital da província de Salta e uma das mais importantes cidades do noroeste do país. Salta fica localizada a leste da cordilheira dos Andes, no fértil Vale de Lerma, cerca de 1.187 m de altitude. Tem uma população de 1.315 milhões de habitantes. Principais atividades econômicas: Açúcar, Tabaco e Turismo. Clima subtropical seco. De acordo com os estudiosos, a palavra salta foi produto de uma deformação da palavra aimará (os indígenas originais) sagta, que significa la hermosa ("a formosa"), e por fim finalmente permaneceu "Salta, a formosa" ou "linda", como se diz atualmente. A região metropolitana da Grande Salta constitui a oitava maior região metropolitana da Argentina.

Logo que saímos de Salta passamos pela cidade de San Salvador de Jujuy, a capital da Província de Jujuy. Toda província de Jujuy tem cerca de 750 mil habitantes e a cidade 350 mil habitantes. Em 1843 Jujuy foi destruída em 90% por causa de um terremoto. Jujuy teve a sua primeira fundação em 1561, porém em 1563 foi destruída e saqueada pelos índios. Foi novamente fundada em 19 de abril de 1593.



Idiomas que predominam nas Províncias de Salta e Jujuy: Aimará, quéchua e espanhol

A Quebrada de Humahuaca foi considerada pela UNESCO em 02 de julho 2003 patrimônio para a humanidade.

Nos morros quando eles são mais verdes é porque há uma grande concentração de ferro.



Vimos várias casinhas ao longo do caminho. Casas pequenas e baixas. Diz-se que a casa baixa é mais térmica e também é baixa porque a população tem uma altura máxima de 1m65cm.

Nesta região podemos nos deparar com temperaturas bem diferentes ao meio dia e à meia noite, tanto no inverno como no verão. Durante o dia o clima é quente e seco e à noite a temperatura despenca e é muito frio.

Porta feita da madeira de cacto


Quer um abraço?

Cactos (cardones) indicam que estamos a mais de 2.000msnm. Eles estão protegidos por lei. Só se pode usá-los quando morrem. A sua madeira é usada para o artesanato, pra fazer móveis, na construção de telhados e portas das casas.






Capelinhas com bandeiras vermelhas que estão em toda parte na margem das estradas da Argentina é o lugar de devoção para o Santo Gauchito Gil que protege aos motoristas e acredita-se que tinha o dom de curar pelas mãos. Gauchito Gil é um lendário personagem da cultura popular argentina. Seu nome completo era Antonio Mamerto Gil Núñez. É considerado o mais proeminente santo gaúcho na Argentina, entretanto não é reconhecido pela Igreja católica.


Rua em Purmamarca
Purmamarca: lugar de terra seca (e do morro das sete cores).
Artesanato na praça de Purmamarca















Maymara
Maymara significa estrela. Povoado de mais ou menos 5 mil habitantes. Vivem da plantação de hortaliças e vegetais (batatas, alho). Lugar conhecido como La Paleta del Pintor (a aquarela de tintas do pintor).



La Paleta del Pintor





Tilcara – capital arqueológica e onde está o museu do carnaval do norte (2.500 msnm). Nesta cidade se encontram as Ruínas de Pulcara. Uma fortaleza construída no século 12 pelos omaguacas. Hoje as ruínas estão sendo parcialmente reconstruída e são consideradas Monumento Nacional. Mais ou menos 5 mil habitantes.



Em um dos morros o guia mostrou um grande buraco, que há muitos anos foi feito por uma queda de asteróide.









Paramos no Trópico de Capricórnio e compramos uma pequena vicuña de madeira.










Uchia - Loja de Artesanato
Loja de Artesanato
Logo depois de alguns quilômetros paramos em Uquia, numa grande loja de artesanato. Compramos uma máscara de barro.






Logo depois seguimos para San Antônio de Humahuaca. Cidade de 16 mil habitantes e está a 3 mil msnm.




Humahuaca significa cabeça de chora, ídolo, sagrado.


Rua no centro da cidade

Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio de Humahuaca

Monumento a Independência


Guia explicando como acontece
a Festa do Carnaval
Curiosidades da cidade: Mulher solteira usa duas tranças e a casada uma trança. O homem solteiro usa uma faixa na cintura. Casamento na Igreja apenas depois de seis anos de relacionamento. O casamento é por escolha e por prova. Depois da escolha, primeiro se prova por quatro ou cinco dias, se gostam podem provar por seis meses chegando até quatro anos. Se a relação é boa podem então pedir o casamento na Igreja. Muitos relacionamentos iniciam nas festas típicas da região, principalmente no carnaval, festa típica local que difere em muito do nosso carnaval. O carnaval acontece uma semana antes da quaresma. É também tempo do início da colheita. Festa pagã milenária cheia de fantasias, música e cor. Esta festa é uma fusão de costumes espanhóis e rituais antigos de celebração a fecundidade da terra. Usam-se máscaras para garantir o anonimato e flores coloridas na cabeça.

Compartilhamos o que encontramos na internet sobre o Carnaval no Norte da Argentina. Muito do que aqui colocamos o guia também contou...

A celebração do Carnaval em Humahuaca é uma das festas tradicionais onde muitas pessoas se reúnem em torno da comemoração da fecundidade da terra e honram a Pachamama. Esta festa é uma combinação de rituais pagãos herdados das tribos indígenas e constituem uma espécie de rebelião das pessoas contra estruturas que a sociedade há imposto a elas. A festa de rua movimentada dura nove dias, começando no sábado anterior ao fim de semana do carnaval, quando termina a celebração.

Na ladeira de um morro inicia o rito do carnaval, onde o diabo sai para se divertir. Os desfiles descem dançando ao ritmo da música popular e abrem caminho nas ruas da cidade onde as pessoas do povoado convidam a continuar as festividades em suas casas. Os grupos de dançarinos dão conta de finalizar cada jornada.

As fantasias coloridas e brilhantes, o aroma das folhas de manjericão, o talco, a bebida em excesso e a diversão das pessoas dançando na rua, dão uma notável particularidade aos carnavais do norte da Argentina. As mulheres vestidas de ciganas e os homens de diabos se encontram. Os homens escondidos pelas máscaras têm coragem de fazer declarações de amor para a escolhida.

O povo de Humahuaca e quem eles convidam, nove dias celebrando o mesmo ritual, finalizam a celebração com o enterro do Pujllay (diabo). Ao cair à noite o ritmo deixa o carnaval jujeno, uma fogueira é acesa e se sacode o talco dos trajes para dar conta do último momento da festividade.

Diferente do resto dos carnavais que acontecem no território nacional da Argentina, o carnaval de humahuaca é uma das atrações que mais chama a atenção no norte argentino. Uma imperdível experiência que combina tradição, cor e muita diversão.
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Na praça da cidade de S.S. de Jujuy
Na volta paramos em San Salvador de Jujuy. Passeamos pela praça. Conhecemos a Igreja, o ex cabildo – hoje comissária de polícia, o palácio do governo e um shopping. Na casa do governo está a primeira bandeira Argentina que foi em Jujuy abençoada.

Local onde está a primeira bandeira Argentina








Apreciando pintura em homenagem a Pachamama




Chegando em Salta ao anoitecer
Voltamos para Salta por volta das 17h 45m. Chegamos a Salta às 19h. À noite ficamos no hotel. Estávamos bem cansados. Assistimos TV e navegamos na internet.




Encerramos esta postagem com uma frase que ouvimos ou lemos em algum lugar neste belo caminho pela Quebrada de Humahuaca: “No vas a Dios caminando, a Dios vas amando”.