domingo, 14 de dezembro de 2014

Terceiro Domingo de Advento


Esses dias conversando com um ancião sobre a época natalina, este me disse: “Hoje em dia não consigo mais sentir a alegria e o clima festivo de advento e Natal que sentia quando era criança”.

Penso que este também é o sentimento que acompanha a maioria das pessoas de hoje. A alegria estampada nos rostos das crianças com o menino Jesus que nasceu na manjedoura, as luzes coloridas, os enfeites, os presentes, as festas... Tudo isso parece ter outro significado para os adultos, porque em parte perdemos a simplicidade de como tudo aconteceu.

Antes de Jesus nascer, Deus enviou João Batista para preparar os corações das pessoas. Ele disse: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”. Este preparo teve a ver com arrependimento e mudança de vida.

No entanto, percebe-se que Natal vem e Natal vai e há pouca mudança de vida. Os problemas continuam os mesmos, porque o ser humano continua o mesmo. Não se percebe nele mudanças. Mudança tem a ver com arrependimento; é não fazer mais o se fazia antes, é uma inversão na caminhada; é viver a vida com novos propósitos a partir do amor de Deus encarnado na criança da manjedoura.

Este foi o chamado de João Batista: “Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”. Falar em arrependimento parece estar fora de moda. A maioria das pessoas se acha justas e perfeitas, não necessitando de arrependimento.

No dia de Natal Deus olhou desde os céus para a terra e viu seus filhos e suas filhas perdidos e teve compaixão, tornando-se em Cristo um de nós.

A pregação de João Batista é uma grande advertência. Ele anuncia a vinda do Messias, que vai provocar uma grande transformação. É preciso estar preparado, purificando-se e mudando o modo de ver a vida e de vivê-la.

Quem bom se pudéssemos novamente sentir a alegria da época de Advento e Natal que sentíamos quando éramos crianças.

P. Oswald Doege

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