domingo, 21 de dezembro de 2014

Quarto Domingo de Advento


Deus transforma o medo em louvor

Os anjos que louvaram a Deus na noite de Natal nos falam das alturas e da terra. Entoam hinos de louvor: louvor une as vozes que se tornam tão forte parecendo um exército. Entoam hinos de louvor: louvor testemunha paz na terra a partir da vida de Deus que se faz criança.

Por onde ando, escuto louvores: vitórias individuais proclamadas como graça de Deus, pessoas em busca de segurança e não de justiça, louvores a outros deuses fortes e poderosos.

Atos religiosos incentivam o zelo individual (esmolas e atos caritativos) por indivíduos (‘do bem’), afirmam que há salvação nos pequenos gestos e legitimam as diferenças existentes na sociedade.

É um louvor que traz medo: das tristezas mal resolvidas, da ausência que dispersa as pessoas e motiva à individualização. É um louvor que traz culpa: desviamos de pedintes, empobrecidos e doentes sem recursos.

O louvor dos anjos neste Advento anuncia o caminho para a glória de Deus no céu, para a paz na terra. O ‘exército de anjos’ rompeu a noite de medo com anúncio de paz. Não matou ninguém, nem assegurou vitória financeira, não feriu, nem estragou, não cobrou e sequer obrigou pastores a cantarem com eles.

Seguir o louvor move à participação da paz: alegria verdadeira e justiça palpável. Que a glória seja a Deus e não a nenhuma de suas criaturas.

Pastora Margarete Emma Engelbrecht 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Terceiro Domingo de Advento


Esses dias conversando com um ancião sobre a época natalina, este me disse: “Hoje em dia não consigo mais sentir a alegria e o clima festivo de advento e Natal que sentia quando era criança”.

Penso que este também é o sentimento que acompanha a maioria das pessoas de hoje. A alegria estampada nos rostos das crianças com o menino Jesus que nasceu na manjedoura, as luzes coloridas, os enfeites, os presentes, as festas... Tudo isso parece ter outro significado para os adultos, porque em parte perdemos a simplicidade de como tudo aconteceu.

Antes de Jesus nascer, Deus enviou João Batista para preparar os corações das pessoas. Ele disse: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”. Este preparo teve a ver com arrependimento e mudança de vida.

No entanto, percebe-se que Natal vem e Natal vai e há pouca mudança de vida. Os problemas continuam os mesmos, porque o ser humano continua o mesmo. Não se percebe nele mudanças. Mudança tem a ver com arrependimento; é não fazer mais o se fazia antes, é uma inversão na caminhada; é viver a vida com novos propósitos a partir do amor de Deus encarnado na criança da manjedoura.

Este foi o chamado de João Batista: “Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”. Falar em arrependimento parece estar fora de moda. A maioria das pessoas se acha justas e perfeitas, não necessitando de arrependimento.

No dia de Natal Deus olhou desde os céus para a terra e viu seus filhos e suas filhas perdidos e teve compaixão, tornando-se em Cristo um de nós.

A pregação de João Batista é uma grande advertência. Ele anuncia a vinda do Messias, que vai provocar uma grande transformação. É preciso estar preparado, purificando-se e mudando o modo de ver a vida e de vivê-la.

Quem bom se pudéssemos novamente sentir a alegria da época de Advento e Natal que sentíamos quando éramos crianças.

P. Oswald Doege

domingo, 7 de dezembro de 2014

Segundo Domingo de Advento


As palavras das Senhas Diárias para este 2º Domingo de Advento vêm do Evangelho de Lucas 3.4 e 6: O profeta Isaías diz: Voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas. E toda a humanidade verá a salvação de Deus.
Estas palavras falam em deserto. Há o deserto físico, mas também o simbólico. O deserto rompe com a normalidade da vida. O deserto na maioria das vezes está associado à ameaça da vida. Mas ele também tem seus encantos, surpresas, novas oportunidades e chances que na abundância e agitação da vida diária nem percebemos. Provavelmente, por isso, que Deus se encontra com os israelitas tantas vezes no deserto. Também de Jesus sabemos que, após o Batismo, ele foi para o deserto, onde por quarenta dias resistiu às tentações do diabo. O deserto nos revela que quem o sobrevive, retorna dele, com certeza, mais fortalecido e revigorado. Toda pessoa que já atravessou um deserto sabe que a vida jamais é como antes.

João Batista também convida em meio aos desertos da vida a preparar o caminho do Senhor. O que significa, afinal, preparar o caminho do Senhor? Preparar o caminho do Senhor é anunciar e lembrar a todas as pessoas que andam nos desertos da vida que Deus veio a nós em Jesus Cristo no Natal. Significa anunciar que não estamos sozinhos nos desertos da vida. Preparar o caminho do Senhor é anunciar que nos desertos da vida Deus nos surpreende e abraça com o seu Oásis, Jesus Cristo, que não deixa a nossa vida árida e sedenta.

Deus nos faz ver em Cristo Jesus a sua salvação. O seu Oásis não é mais promessa, mas é realidade em Cristo Jesus. O deserto não tem mais a última palavra em nossa vida, mas o amor de Deus. Portanto, abraçados por este amor de Deus em Cristo Jesus somos convidados e chamados neste tempo de Advento a ser profetas e profetisas. Profetas e profetisas que dizem NÃO a tudo que limita, atrofia, violenta e mata a vida. Profetas e profetisas que se perguntam: Ainda sou sensível aos dramas e tragédias que envolvem a vida humana e a criação de Deus ou me tornei indiferente? Pensemos sobre isso neste segundo domingo do tempo do advento e que este tempo possa ser um tempo abençoado...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Tempo do Advento

Que esse ADVENTO seja a oportunidade de renovar nosso SIM para o Deus-Menino!



ADVENTO! Tempo de Preparação!
Tempo de fortalecer laços de comunhão.
Tempo de saber-se amparado nos braços de Deus.
Tempo de fortalecer esperança.
Tempo de sentir a luz de Deus que nos anima a viver em comunhão,
amparar-se nos braços de Deus,
anunciar esperança.

Abençoado tempo de Advento e Natal!