sexta-feira, 29 de abril de 2016

Sou Luterana...



KATHARINA VON BORA...

uma mulher empoderada do tempo da Reforma

fugiu do convento...

ela disse que queria casar com Lutero...

foi uma grande administradora...

ela era juíza no mercado...

isto é, ela, lutava pelo preço justo dos produtos...

negociava com os editores dos livros de Lutero...



SOU LUTERANA...

PROTESTANTE...

EMPODERADA...
.
DA TRADIÇÃO DE CATARINA



Pa. Dra. Claudete Beise Ulrich

segunda-feira, 25 de abril de 2016

SER PÁSCOA




É ser capaz de mudar,
É partilhar a vida na esperança,
É lutar para vencer toda sorte de sofrimento,
É dizer sim ao amor e à vida,
É investir na fraternidade,
É lutar por um mundo melhor,
É ajudar mais gente a ser gente,
É viver em constante libertação,
É crer na vida que vence a morte.

Páscoa, acima de tudo é crer e
Viver a ressurreição de Jesus cada dia.

ABENÇOADO TEMPO PASCAL


terça-feira, 19 de abril de 2016

Marcas



Olho no espelho e vejo ali a imagem que se reflete...

E perguntas me vêm à mente:

Quem é essa pessoa?

É essa a mesma que está deste lado?

É essa quem vive aqui dentro?

Quantas marcas ela carrega...

Cada uma com sua história.

Sim, cicatrizes do tempo.

Lembram da infância, com suas peraltices;

os estudos, da adolescência;

a juventude, com seus flertes, seus amores e namoros.

Lembram casamento. Lembram filhos...

Face e corpo exibindo provas deste caminho percorrido.

Alegrias, decepções, trabalho.      Muitas jornadas.

Também perdas. E saudades...

O tempo passou.

Vejo uma imagem que conta histórias. As minhas histórias. Com as marcas de quem eu realmente sou.

Contudo, vejo também, um olhar de esperança.

Um olhar pro futuro, que acredita ser ainda possível deixar o que realmente importa.
Mas, o que importa?


Importa deixar BOAS MARCAS. 

(Rosana Rangel Machado Markus, 2012)



terça-feira, 12 de abril de 2016

SE VOCÊ ENGOLIR TUDO QUE SENTE, NO FINAL VOCÊ SE AFOGA




Engole o choro. Engole sapo. Não diga, não quero saber. Cala a boca, cala o peito, cale-se! Mas o corpo fala, e como fala. Fala a ponta dos dedos batendo na mesa, fala o dente acirrado, rangendo estridente. Falam os pés inquietos na cama. Falam os olhos caindo tristonhos. Fala dor de cabeça, dor na alma. Fala gastrite, psoríase, fala ansiedade, fala memória perdida. Fala o corpo curvado, fala o nó na garganta atravessado. Fala angústia, fala ruga. Fala insônia, fala sono demasiado. Falador.
É impossível entrar no tatame da vida sem levar uns tapas dela. Mágoa, tristeza, dor, raiva, são sentimentos que nos atravessam sem pedir licença. A verdade é que enquanto estamos sentados na pedra fitando o abismo em dor, mastigamos as emoções, mas nem sempre as digerimos bem. Emoções engolidas e não digeridas corroem feito ácido. É bicho morando no estômago, mordente, cáustico. É soda! Emoções indigestas são como bruxas trancafiadas no corpo. Medonhas, a carregar sensações malditas e mal ditas. Ninguém quer saber de falar de sentimentos mal cheirosos. Então a gente engole, e esse mal entendido vira coisa que entra no estômago, percorre a garganta, o peito, e se deixarmos, calará nossa boca e nossa paz por uma vida inteira.
E aí, cedo ou tarde, todas as dores do mundo hão de querer vomitar, regurgitar o mal resolvido, e nos contorcer novamente as entranhas. É preciso um pouco de coragem para se fazer falar. Emoção amordaçada nos faz refém dela. Dor tapada cala necessidade. Mágoa não entendida enfarta a fé nas pessoas. Raiva carregada, pesada, transita ardente pelas costas. Não dá pra engolir tudo e dizer amém! Eu sei. Também não dá pra cometer sincericídios por aí. Mas dá para expressar. O que se sente cabe tradução.
Freud disse certa vez: “a ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como são umas poucas palavras boas”. É isso, tem hora que o sentimento pede pra ser dito, entendido, descodificado, traduzido. Tudo que ele quer é ser exorcizado pela palavra ou pela via que lhe cabe melhor. Expressar tranquiliza-a-dor. Dor não é pra sentir pra sempre. Dor é vírgula.
Então diz! Diz logo o que quer dizer sua bruxa. Coloca a dor no caldeirão e faz sopa de letrinhas. Faz uma carta, um poema, um livro. Faz uma orquestra tocar. Pega as sapatilhas, sapateia. Faz uma aquarela. Faz uma vida. Faz lá, sol, manda a dó se catar. Faz piada, faz texto, faz quadro, faz encontro com amig@. Faz corrida no parque. Fala pro seu analista, discute com Deus, se pinta de artista. Conversa sozinha, papeia com seu gato, berra aos céus, mas não se cala. Fala, vai. Pois “se você engolir tudo que sente no final você se afoga”. É que emoções indigestas e encarceradas mergulham no coração mais tarde para explodi-la.
E aí, me diz, quem será capaz de nos juntar? Jamais a mágoa e toda a lama que ela carrega será melhor do que a nossa paz.

Ruth Borges






quarta-feira, 6 de abril de 2016

Bênção das mãos


Benditos sejam os trabalhos de nossas mãos.
Benditas sejam estas mãos que tocaram a vida.
Benditas sejam estas mãos que criaram coisas belas.
Benditas sejam estas mãos que contiveram a dor.
Benditas estas mãos que abraçaram com paixão.
Benditas estas mãos que plantaram novas sementes.
Benditas estas mãos que cerraram seus punhos com indignação.
Benditas sejam estas mãos que levantaram colheitas.
Benditas sejam estas mãos que se endureceram com o tempo.
Benditas sejam estas mãos que se enrugaram e se feriram trabalhando pela justiça.
Bendita sejam estas mãos que se deram e foram recebidas.
Bendita sejam estas mãos que sustentaram as promessas do futuro.
Benditas sejam os trabalhos de nossas mãos.

(Diann Neue)



segunda-feira, 4 de abril de 2016

HORIZONTE E VIDA


Certa vez eu fui motivada a escrever um Salmo a partir dos sentimentos que tinha no momento. Depois de meditar a respeito e de realizar uma pequena retrospectiva histórica pude colocar no papel um Salmo de louvor à vida. Compartilho este Salmo no desejo que ele possa ajudar a olhar, ao lado de Deus, para o horizonte da vida.

Deus de amor e infinita misericórdia, tu me conheces.
Sabes o que passa no mais íntimo de meu ser.
Conheces os meus pensamentos e o que passa em meu coração.
Sabes das minhas limitações, dos meus medos, das minhas inseguranças.
Mas também tu conheces meus sonhos, meus desejos, minhas alegrias.
É como se eu tivesse sido gerada em teu ventre,
tamanha é a intimidade que sinto que existe entre nós.
Sabes das minhas lágrimas que ninguém pode ver,
da dor no meu peito,
da tristeza que muitas vezes, sem explicação, teima em aparecer.
Sabes da minha alegria em poder celebrar a vida que recebi de ti.
Como és maravilhoso!
És como um Pai que carrega seu filho e sua filha nos ombros e
com orgulho leva-os para todas as partes para que vejam a grandiosidade que é a vida.
És como uma Mãe que não tem receio de repreender quando é necessário,
e que faz festa e celebra quando acertamos e fazemos o bem.
Como é maravilhoso ter-te como Pai, como Mãe,
como amigo e companheiro de jornada e de vida.
Celebro e me alegro por isso!
Como és maravilhoso, bondoso, amoroso e misericordioso.
Que alegria ter-te assim, solidário e confortador,
desde que nasci, desde que estava no ventre de minha mãe.

Sonja Hendrich Jauregui

domingo, 3 de abril de 2016

É Páscoa. A Vida triunfou!!!

Ramos


Terão mesmo sido as mesmas pessoas que te saudaram com hosanas e com palmas que, naquele outro dia, gritaram “Crucifica-o”? No domingo eras rei, na sexta-feira agonizavas na cruz! Num dia, a multidão te saudava; no outro, te cobria de escárnios e de deboches.

Ajuda-me, Senhor, a não te receber com palmas num dia e, no outro, cuspir-te no rosto.

Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana, nas alturas!









Quinta Santa

Na noite em que Ele foi traído...














Sexta Santa

Desde as 9h (hora terceira) Ele está pregado na cruz. Já se passaram duas horas... Os braços estão rijos, mas ainda sustentam seu peso, com ajuda do apoio dos pés... Por quanto tempo ainda?




Na hora nona (15 h) Jesus gritou em alta voz e morreu. O mundo se cobriu de trevas, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. O mundo está sem Deus! Onde buscar refúgio?






Sábado de Aleluia

Na antiga tradição judaica, o novo dia começa quando se podem ver as três primeiras estrelas no céu. A tradição ocidental assumiu que isso ocorre por volta das 18 horas. Portanto, já é Páscoa! Aleluia! "O Senhor ressuscitou, ele realmente ressuscitou!" Aleluia!









Domingo de Páscoa

A que horas aquelas mulheres terão saído de casa para irem ao sepulcro? A informação que recebemos diz que tudo ocorreu “ao findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana” (Mt 28.1). Marcos escreve que “passado o sábado, Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamá-lo. E muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo” (16.1s). Lucas fala em “alta madrugada” (24.1). João dirá: ”de madrugada, sendo ainda escuro” (20.1).



Na tradição judaica, o dia termina quando as três primeiras estrelas aparecem no céu. Hoje se diz que o dia termina e o novo começa por volta de 18h. Às 18h e um segundo já é um novo dia.

Terão ido ainda à noite, apenas terminado o sábado? Há de ter sido noite de lua cheia, como a de hoje?

Detalhes! O mais importante é que a sepultura estava vazia. E, quando as mulheres foram anunciá-lo aos discípulos, eles já jubilavam, dizendo: “O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão” (Lc 24.14).
Não espere o sol nascer. Corra a anunciar que Ele realmente ressuscitou!





P. Carlos A. Dreher
março de 2016