terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Viajando pelo norte da Argentina rumo ao Chile

6º dia – 31 de dezembro de 2013

Café da manhã na pousada
Saímos do hotel por volta das 10h, sem pressa e sem rumo definido. Fizemos o mesmo trajeto do TUR, mas com mais tranquilidade. 

subindo rumo ao Lipán
Rios largos com pouca água
Estrada sinuosa






Igreja típica do lugar

estrada a percorrer até o Chile




no ponto mais alto
Quando terminamos de subir a Cuesta del Lipán o carro começou a apresentar problemas. Paramos nas Salinas Grandes. Comemos alguma coisa. A Sonja sentiu mais a altitude desta vez, com uma leve dor de cabeça e ânsia. Vimos pela estrada vicuñas e llamas. 
Chegando nas Salinas Grandes

ao longe as Salinas Grandes



impossível não fotografar...
apreciando o Salar
Cardones = cactos


Vicuñas



Lhamas

Depois do Salar o carro começou a dar mais problemas. Dava a impressão que a gasolina não conseguia passar. Como estávamos no meio do nada ficamos deveras preocupados. Entretanto precisávamos seguir em frente, pois era mais perto ir até um povoado chamado Susques a 30 km do Salar. Já tínhamos andado com o carro falhando por volta de 14 km. Passou um carro de polícia que parou, mas quando ligamos o carro ele parecia estar funcionando, assim que eles seguiram viagem. Mas, quando andamos mais um pouco o carro começou a falhar novamente. Um tempo depois fomos ajudados por argentinos de descendência indígena. Eles estavam de camionete e nos rebocaram até Susque. Foram momentos de muita tensão, mas conseguimos chegar. 

Portal do lugarejo Susques
Em Susque procuramos ajuda, mas não conseguimos. Decidimos nos hospedar ali e passar a virada do ano. Enquanto a Sonja descansava na hospedaria, o João foi tentar encontrar um mecânico. Como ele não conseguiu encontrar ninguém, ele resolveu ir até o posto de gasolina a 3 km de Susque para abastecer e ver se tinha alguém que entendia de mecânica. Só conseguiu abastecer e com dificuldade retornou a Susque. Como já tinha escurecido procuramos descansar um pouco. 

a caminho de Susques

Susques perto da pousada

Susques - centro

Susques
no momento da virada do ano
João conseguiu um chá de coca para a Sonja tomar e melhorar um pouco os sintomas que a altura tinha causado. Perto da meia noite fomos dar uma volta pelo povoado. Estava uma noite bem fria e tinha pouca gente na rua. Teve alguns fogos e bombinhas acionadas por alguns poucos jovens que estavam na rua. Retornamos para a hospedaria, assistimos um pouco de TV para apreciar pelo menos a virada do ano no mundo e fomos dormir. (João conseguiu comprar para a ceia de ano novo: 4 maças, 2 bananas, 4 pãezinhos, sardinha, 3 tomates, cerveja e o refrigerante Passo de los Toros – João comeu alguma coisa, mas a Sonja não conseguiu). E lá se foi o sexto dia e a virada do ano mais atrapalhada e estranha que passamos...



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

TUR por Purmamarca e Salinas Grandes, Argentina

5º dia – 30 de dezembro de 2013

Esperando o TUR
Começamos, o quinto dia das férias, cheios de expectativas... Afinal iríamos percorrer uma parte da Quebrada de Humahuaca, um vale estreito e montanhoso de 155 km que cruza o noroeste da Argentina, quase na fronteira com a Bolívia e na mesma direção do deserto do Atacama. Iríamos chegar a alcançar 4170 msnm e conheceríamos umas das maiores Salinas da América do Sul. Foi preciso trocar de pousada. Assim sendo saímos bem cedo do Plaza Hotel e fomos para a Pousada Angel para deixar o carro e ir ao TUR. No início do trajeto compramos folhas de coca para enfrentar as alturas, afinal estávamos a 1250 msnm e iríamos chegar a 4170 msnm.


Foram juntos no TUR: 6 pessoas do Brasil, 2 da Inglaterra, 1 da China, 1 do Japão, 2 dos Estados Unidos, 3 da França, 8 da Argentina, a guia (Eva) e 2 motoristas (Dario e Diego).

Guia explicando...
Logo no início da viagem a guia ressaltou a importância das cordilheiras. Ela explanou sobre a importância geológica, arqueológica e histórica das cordilheiras. E foi explicando de como as cordilheiras foram formadas. Também lembrou que estávamos numa região muito seca que tem vida graças à água das geleiras. No verão a neve forma a água que será usada no inverno (tempo de seca).

O primeiro que vimos, logo que saímos de Salta, foram plantações de cana (usada para álcool etílico e açúcar) e tabaco (fumo). Plantações que são irrigadas com água do degelo que vem através de caneletas dos diques que armazenam a água das chuvas e degelo. Também vimos termoelétricas que funcionam com gás que vem da Bolívia.

Passamos por San Salvador de Velasco em Jujuy. Cidade de porte médio – 500 mil hab. Jujuy significa lugar entre dois rios.

Grandes rios com pouca água
O que nos impressionou durante toda a subida foi ver os rios largos, mas com apenas um filete de água, muita pedra e em alguns lugares com barro. Foi-nos explicado que quando chove em alguma parte das cordilheiras a água desce os morros com bastante força, abrindo assim o leito do rio. No caminho podíamos ver trechos (sinalizados) onde a estrada era mais baixa, para assim facilitar a passagem das águas da chuva.


ao fundo o Morro das 7 cores
A primeira parada foi em Purmamarca. Paramos na entrada da cidade apenas para tirar fotos do magnífico “Cerro de los 7 colores”. Na volta iremos entrar na cidade para almoçar e desfrutar deste pequeno e belo lugarejo.

Cerro de los 7 colores
Purmamarca significa terra virgem que está no meio das montanhas ou cidade do deserto. Ela é conhecida pelo morro das 7 cores. A guia explicou que a exclusiva gama de cores é o produto de milhões de anos de uma complexa história geológica que inclui sedimentos marinhos, lacustres e fluviais, gerados por movimentos tectônicos. Impressionante! Belíssimo!

explicando sobre as folhas de coca
Neste trecho a guia ensina como “mascar” a coca. Aliás, a expressão é usada, mas o que não se pode é mascar, pois se o fizer pode ter uma boa diarréia. O “mascar” consiste em colocar algumas folhas na boca, e deixá-la quietinha em uma das bochechas, apenas recebendo aos poucos o fluido misturado a saliva. A Sonja aceitou a sugestão de começar ali a “mascar” a coca.



Seguimos viajem rumo ao topo... ao lugar mais alto... A cada trecho percorrido mais maravilhado ficávamos com tanta beleza.

Cacto-candelabro
À medida que subíamos a paisagem ia também mudando. Observamos que boa parte do trecho tinha gigantescos cactos também chamados de cacto-candelabro pela semelhança óbvia. Quanto mais subíamos menos cactos víamos. No ponto mais alto já não víamos mais cactos, apenas uma vegetação rala e rasteira.

Apesar de associarmos a presença de cactos às temperaturas quentes do deserto, a verdade é que nesta região os cactos parecem gostar do clima frio e agreste acima dos dois mil metros de altitude. Soubemos que quando o cacto morre (e só quando isso acontece) a madeira é aproveitada para fazer janelas e portas das casas e também para o artesanato.

Viajamos entre montanhas multicoloridas e estradas que levam a povoados pré-incaicos que ainda têm muitas histórias para contar. São tantas que a Unesco declarou a região como "Itinerário Cultural de 10.000 anos" e desde 2003 é Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade.


vegetação do deserto
Paramos a 4.100 msnm para tirar fotos. Lugar que dá para ver a estrada em curvas, conhecida por la Cuesta del Lipán. Lipán significa pedra sagrada e deste lugar se pode ver toda a subida realizada em curvas no meio das montanhas. O ar neste trecho é mais gelado e a paisagem é incrível.
Cuesta de Lipán

Segundo nos explicaram La Cuesta de Lipán é um trecho de rodovia que se eleva a 2.000 metros de altura em apenas 17 km. Com muitas curvas e forte ascensão, esse trecho da Ruta 52 na província de Jujuy (Argentina) tem sua origem na cidade histórica de Purmamarca, e alcança sua maior altitude em Abra de Potrerillos a 4.170 msnm.


Abra de Potrecillos
Estávamos ansiosos por seguir viagem, pois a Sonja necessitava urgentemente de um banheiro. Paramos ainda no ponto mais alto (4174 msnm). Lugar chamado de Abra de Potrecillos.

Tiramos mais fotos, apreciamos o artesanato local.

saindo do banheiro... ufa!
Chegamos nas Salinas Grandes (3600 msnm) por volta das 12h50m. A primeira coisa que fizemos foi usar o banheiro químico (GRAÇAS!!!). Depois fomos apreciar o lugar.

Olha só que beleza!
Ficamos 40 min. Desfrutamos da paisagem de pés descalços. Tiramos muitas fotos (inclusive as do tipo inusitado). Apreciamos o artesanato feito de sal. Não sofremos por causa da altitude. Estamos bem, impressionados com tudo o que vimos e agora um pouco mais salgados...

Espaço do artesanato


Experimentando a piscina de sal

Salinas Grandes, ao fundo o monte nevado Chañi

Que força tem o João...

Ai que fome!!!!

Felizes por tanta beleza...

Salinas Grandes é o terceiro maior salar da América do sul. Tem 12 mil hectares de sal a céu aberto e ainda se pode apreciar ao longe o monte nevado Chañi.


A origem das Salinas Grandes remonta 10 milhões de anos, quando o lugar foi coberto por completo com as águas que vieram de um vulcão. A gradual evaporação das águas deu origem a este imenso salar de 12 mil hectares e 30 cm de espessura.

Retornamos depois da visita. João dormiu parte da descida.

La Diablada Bar e Grill
Chegamos a Purmamarca por volta das 14h30m. Almoçamos no “La Diablada Bar e Grill” (Carne de llama, salada mista, cerveza del norte, empanadas). Depois do almoço fomos passear pelo lugarejo.

Carne de llama regada a cerveja del norte


Família com seu gato
Apreciando Purmamarca


Subimos um pouco um dos morros. Encontramos uma família de Buenos Aires que passeava com seu gato. O pobre estava assustado com o lugar e com tanto vento.



Um abraço????
Parece que essa árvore foi cortada ao meio


Feira de artesanato
fazendo compras...
Depois fomos à praça que tem um mercado aberto de artesanato. Compramos duas mantas, um xale, um vidrinho com areia e uma llamita.






Na praça vimos uma pequena llama e um cordeiro. A llama tinha 3 meses de idade e foi abandonada pela mãe. É cuidada por uma senhora que a leva na praça para que os turistas possam tirar fotos com ela. Ela cobra contribuição espontânea. Tiramos fotos. Voltamos para Salta às 16h45m maravilhados com tudo o que vivenciamos.



Vista de Purmamarca, Argentina