terça-feira, 28 de maio de 2013

Visita a Cuba - 18 anos depois

Impressões, mudanças, esperança!

Rua em frente ao Teatro
No ano de 1994 participei da Pré-Assembleia do Clai das Igrejas da Região Gran-Colômbia e Caribe, na cidade de La Habana/Cuba. Participei dessa Pré-Assembleia em representação da Igreja Evangélica Luterana em Venezuela (IELV), onde exerci o Ministério Pastoral por mais de 10 anos (1993 até 2003).
 
18 anos depois da 1ª vez que estive em Cuba, tive a honra de participar da VI Assembleia do Clai, representando a IECLB, e, novamente pude estar na Ilha Caribenha. Em 1994 o País passava por uma das mais severas crises. Embargo norte-americano severo, crise, países "parceiros" de Cuba atravessando mudanças, problemas sociais (Rússia especialmente). Também alguns países "amigos" com governos neoliberais que na época não davam apoio à Cuba.
Pude sentir que aconteceram muitas mudanças (para melhor), muitos avanços. Mais e melhor autoestima do povo, das igrejas cubanas, dos organismos que em Cuba atuam. Senti que países "amigos" (Brasil e Venezuela especialmente) investem muito, apoiam o povo e o governo. Com toda certeza o ano de 1994 mostrava uma Cuba com muito mais dificuldades do que em 2013.
Mesmo que agora ainda circulem muitos veículos dos anos 1950 ( e anos anteriores), pode se ver que a frota de carros modernizou-se. Os ônibus melhoraram, e muito. Há mercadorias para vender, pequenas lanchonetes, "lojas de conveniência" que vendem de tudo um pouco para turistas e também para o povo cubano.
As pessoas, de modo geral são pobres. Entendam bem, pobres. Não vi miséria em Cuba. Porque digo que são pobres? Porque suas casas na grande maioria precisam de reformas, melhorias. São pobres, mas com muito boa educação.  Não visitei as escolas, nem os hospitais. Mas disso os cubanos de fato não reclamam e é uma das grandes vitórias do socialismo cubano. Entrei em Igrejas. Católicas, Pentecostais. Lá se pode louvar, adorar a Deus. Temos Igreja Luterana. Seminário de Formação Teológica e excelentes Biblicistas e Teólogas/os (Prédica da Pastora Ofélia Ortega foi desafiadora, profunda e cativante).
Tive a impressão de que Che é mais querido do que Fidel. O Presidente Raul Castro é alguém respeitado, mas sem muito carisma. A histórica foto de Che Guevara registrada por Alberto Korda está em todos os lugares. Dos retrovisores, para-choques e para-brisas dos carros até pratos, canecas e copos da louça de casa. Nos muros das casas e construções, não apenas de prédios oficiais, mas de casas particulares e imóveis comerciais, a célebre imagem do mito argentino é quase onipresente. Algo que lembre Che Guevara é o produto mais buscado por turistas (eu mesmo me empenhei em trazer algo com a mais famosa foto publicada no mundo).
A cidade de La Habana é muito limpa. Limpíssima. E o serviço de limpeza, ao contrario do que vemos em tantos países, é uma tarefa encarada com honra, devido a importância que o povo cubano da a ela, por conta da questão de saúde, acredito. Estando em Cuba, lembrei de Acari, no Sertão do Seridó, cidade mais limpa do Brasil.
Há escassez de produtos básicos em Cuba. A industrialização do país tem algumas deficiências. Há racionamento de eletricidade. Internet é caríssima e lenta. Todo mundo em Cuba sabe que o Brasil é presidido por uma mulher do mesmo partido do Lula.
Havana é riquíssima em beleza e história. Povo hospitaleiro, noite com muita atividade cultural. É um país lindo e apaixonante, com um povo muito digno e admirável. Sonho um dia voltar à Cuba, visitar o interior e as maravilhosas praias. Mas sonho em compartilhar dos sonhos, das lutas e estar ao lado das pessoas que nunca desanimam. Que batalham, e, mesmo que sofrendo pelo embargo por quase 6 décadas, seguem em frente, querendo uma sociedade mais justa e igualitária.    
Imagem de La habana

Rua em frente ao teatro

Frota de veículos

Reforma em edifícios, isso se vê muito

Taxi Côco, estilo asiático
Pastora Rosana e Pastor João




Casa abandonada e em ruínas, isso se vê muito também

Frota de veículos

Entrada do teatro

Em frente ao Mercado de Artesanía

Mariela Castro, filha de Raúl Castro

Hotel Habana Libre, ex Hilton Hotel - 1ª Sede do Governo Revolucionário

Imagem de Havana

Imagem de Havana
 
Matéria escrita por João Willig, sem querer demonstrar opção política (espero), que esteve em Cuba participando da VI Assembleia do Conselho Latino Americano de Igrejas nos dias 20-27 de maio de 2013.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

2º Dia em CUBA

Em nosso segundo dia em Cuba tivemos uma linda programação no Teatro Nacional de Cuba. Música clássica e cubana. Um verdadeiro show.
Hotel Habana Libre Local da Assembleia


Reunião com CLAI Brasil
 

Teatro Nacional de Cuba
Teatro Nacional de Cuba

P. Carlos e Claudia Möller

terça-feira, 21 de maio de 2013

Assembleia do CLAI - Havana/CUBA

Algumas fotos da VI Assembleia do CLAI em Havana Cuba.
Mariela Castro - Filha do Presidente Raul Castro

Passando pelo Panama com Katilene

Parte da Delegacao da IECLB

sábado, 18 de maio de 2013

Feliz Domingo de Pentecostes!

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Neste Domingo celebramos a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos. Pentecostes é dia de festa. É a manifestação da  riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos filhos e filhas de Deus.


 Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

Senhor, que o fogo do Teu Espírito encha nossos corações, para amar e servir, assim como Cristo nos ensinou.
 
Feliz Domingo de Pentecostes!!!!

Viagem à Cuba - VI Assembleia Geral do CLAI

Neste domingo, 19 de maio de 2013, após o Dia Sinodal da Igreja em Coronel Barros, estarei viajando à Cuba para participar da VI Assembleia Geral do Conselho Latino Americano de Igrejas (CLAI), 20-26 de maio.
Neste momento de decisões e trabalho ecumênico queremos, mais uma vez, afirmar o compromisso ecumênico da nossa IECLB. "A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil assume em sua Constituição o compromisso ecumênico. A partir dele ela cultiva relações com as igrejas que confessam Jesus Cristo como Senhor e Salvador."
Ser, Participar, Testemunha - Eu vivo Comunidade. Também podemos dizer: Ser, Participar, Testemunhar - Nós somos uma Igreja Ecumênica. Que Deus nos abençoe nessa tarefa. Sempre que possível, vivamos a Palavra de Jesus: "Que todos sejam um, para que o mundo creia." João 17.21. 

domingo, 12 de maio de 2013

Sensibilidade Materna

Sentir a maternidade não é algo só biológico, mas de sensibilidade. Há um grande número de mulheres, que por várias razões, não puderam ser mães biológicas. Nem por isso deixaram de exercitar a sensibilidade materna, adotando filhos e filhas, amando sobrinho e sobrinhas. Todas, mães de variadas situações, são e tem a semelhança e imagem de Deus. Nelas se espelha algo bom e saudável do propósito de Deus: a vida e o amor por outro ser humano. Na vida concreta isto não tem nada de muito romântico. A maternidade acontece entre altos e baixos, entre alegrias e tristeza, entre esperanças e frustrações. Com muito cuidado e envolto na fragilidade, provoca o grande milagre da vida que é perder o seu coração por outro, filho ou filha. Um abençoado Dia das Mães.



Postado pelo Colega Renato Küntzer/Três de Maio

                                                                               

sábado, 11 de maio de 2013

A saudade não tem braços...


A saudade não tem braços, mas sabe como apertar. Saudades da minha Mãe.

 A você mulher, Mãe ou não, esta imagem abaixo vale por um abraço.
 
 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Mães, mas sobretudo mulheres

Esta é uma semana na qual a imagem da mãe é muita louvada, reverenciada e poetizada. Quantas poesias e imagens tentam retratar e expressar o valor dessa imagem feminina de mãe como um ser quase divino. É verdade que há algo de divino na maternidade. O poder de gerar vida, amor uterino, amor que vem das entranhas, do útero é de onde se origina a palavra MISERICORDIA, que significa o amor que vem das entranhas, do útero, o amor de Deus.

Mas, essa imagem "divinizada" da mãe pode também ocultar toda a mulher que existe na mãe. Somos mães, mas, sobretudo mulheres, com todas as nossas potencialidades de amor, cuidado e doação, mas também com nossos desejos, limites, fragilidades e incapacidades como todo ser humano real. Não são poucas as mulheres que se anularam completamente num ato quase "crístico" de sacrificar-se por seus maridos e filhos, esquecendo de si mesmas. Não podemos esquecer as palavras de Jesus quando nos ensina que: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"(Mc 12:33). Isso significa que não podemos amar ao outro perfeita e saudavelmente se não amarmos a nós mesmas. Esse amor poder ser adoecedor para quem dá e para quem recebe.

De outra parte também temos mulheres impedidas biologicamente de gerar filhos/as ou ainda mulheres que decidiram que não querem ou não se sentem prontas para serem mães e por isso sofrem. Sofrem por se sentirem menos mulher ou pela pressão social que quer arbitrar sobre os seus corpos como se fosse coisa pública onde todos podem opinar. Segundo Simone de Beauvoir "o corpo da mulher é um dos elementos essenciais da situação que ela ocupa neste mundo. Mas, não é ele tão pouco que basta para defini-la."  Portanto o definir-se mulher ou mãe está para além das funções biológicas do corpo. A maternidade não pode ser reduzida a um útero engravidado.

A maternidade pode ser vivenciada e expandida para todo corpo que acolhe e torna-se casa, abrigo, seio que ampara, cuida, integra assumindo a plenitude da experiência maternal.  Todo corpo pode ser um útero pronto para acolher e cuidar da vida. Mas, o estereótipo da grande mãe, da mãe-virgem do Salvador ou das palavras atribuídas a Paulo que dizem que "a mulher que será salva dando luz a filhos" continua pairando sobre nossas cabeças como modelos de mulheres salvadoras de si mesma. (I Tim. 2:14)  Talvez seja um bom momento para lembrarmo-nos das mulheres-mães da genealogia de Mateus 1, mulheres que contrariam esse modelo estereotipado. Apesar de estarem de alguma forma relacionada à maternidade, "mas é na contramão de ser mãe que elas se empoderam. O que as salva não é o ventre engravidado, mas o poder de decidir seus estados de gravidez"

Tamar, Raabe, Rute, Bete-Seba, mulheres, mães que entram na genealogia de Jesus escapando dos esquemas e estereótipos da sua época e são lembradas não por sua superioridade ética ou por ser modelo disso ou daquilo, mas pela coragem de agir em favor se si mesmas e de sua comunidade. Também nós, a exemplo dessas mulheres, somos desfiadas a resistir à mitificação e a estereótipos, bem como a termos o direito de dizer neste dia que somos mães (se pudermos ou quisermos), mas, sobretudo somos mulheres.

Da mulher, Odja Barros.

Mensqagem recebida do CEBI (Centro de Estudos Bíblicos)

terça-feira, 7 de maio de 2013

Deus sempre me acolherá!

Não sei se o sol brilhará amanhã...
Tão pouco se chuva me molhará...
Só sei Deus sempre me acolherá!