quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Bênção Irlandesa


Que o caminho seja brando a teus pés,
O vento sopre leve em teus ombros.
Que o sol brilhe cálido sobre tua face,
As chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
que Deus te guarde na palma de suas mãos.

Que a estrada abra à sua frente,
que o vento sopre levemente em suas costas,
que o sol brilhe morno em e suave em sua face,
que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E até que nos encontremos de novo...
Que Deu guarde você na palma das suas mãos.

Que as gotas da chuva molhem suavemente o seu rosto,
que o vento suave refresque seu espírito,
que o sol ilumine seu coração,
que as tarefas do dia não sejam um peso nos seus ombros,
e que Deus envolva você no seu manto de amor.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

NATAL INFORMATIZADO !!!



Dê um CLIQUE DUPLO neste NATAL!

ARRASTE JESUS para seu DIRETÓRIO PRINCIPAL.
SALVE-O em todos SEUS ARQUIVOS PESSOAIS.
SELECIONE-O como seu DOCUMENTO MESTRE.

Que Ele seja seu MODELO

para FORMATAR sua vida:
JUSTIFIQUE-a e ALINHE-a
À DIREITA e À ESQUERDA,
sem QUEBRAS na sua caminhada.

Que Jesus não seja apenas

um ÍCONE, um ACESSÓRIO,
uma FERRAMENTA, um RODAPÉ, mas o CABEÇALHO,
a LETRA CAPITULAR, a BARRA
DE ROLAGEM de seu caminhar.

Que Ele seja a FONTE da graça

para sua ÁREA DE TRABALHO,
o PAINTBRUSH para COLORIR seu sorriso,
a CONFIGURAÇÃO de sua simpatia,
a NOVA JANELA para VISUALIZAR
o TAMANHO de seu amor,
o PAINEL DE CONTROLE,
para CANCELAR seus RECUOS
COMPARTILHAR seus RECURSOS e
ACESSAR o coração de suas amizades.

COPIE tudo que é bom

DELETE seus ERROS.
Não deixe à MARGEM ninguém,
ABRA as BORDAS de seu coração,
REMOVA dele o VÍRUS do egoísmo.

Antes de FECHAR,

Coloque JESUS nos seus FAVORITOS
e seu Natal será o ATALHO de sua
felicidade.

Clique agora no OK para REINICIAR e ATUALIZAR seus CONTEÚDOS.



(Autoria desconhecida)

Pedido de Natal


Agora que chegou a hora de fazer meu pedido especial pro Natal, fico em dúvida... minha lista ficou tão grande, subitamente...

Quero que cada amanhecer seja sempre um recomeço.

Quero pedir que, a cada sobressalto do caminho, haja gramas verdes e colos amorosos onde repousar o cansaço...



Que fogos de paixão, lábios quentes, borboletas voando nervosas no ventre, mas sobretudo lealdade, fidelidade e verdade.

Sim, lealdade... com as pessoas amadas de sempre.

Quero sempre esse coração desapegado das coisas, e definitivamente comprometido com as pessoas.


Quero um por de sol agradecido para cada dia, tenha sido ele de lágrimas ou sorrisos.


Quero uma manta feita pelas melhores amigas, para aquecer a solidão.


O coração está aberto, a alma tem sede, e estou pronta, como a janela aberta a cada manhã, recebendo o amor do sol, o canto dos pássaros e o olhar carinhoso do Amor Maior. Vem, Amor Maior, concede-me a tua bênção e a tua graça!




Pa. Carla Grossmann

É Natal de Jesus!


É Natal de Jesus, festa de alegria, esperança e luz!
O anjo visita Maria e a ela vem anunciar
“Você foi a escolhida para trazer ao mundo, aquele que a nós todos vai salvar..”
Os dias se passavam e José e Maria em viagem iam a Belém.
Por ordem do Imperador seguiam seu destino, mais depressa que ninguém.
Naquela noite, escura e fria para os dois, todas as portas se fechavam
e lugar para descansar em nenhuma hospedaria encontravam
José preocupado, assustado e temeroso buscava abrigo para Maria
Mas o único lugar que encontraram foi uma pequena e velha estrebaria
Naquele lugar sujo, úmido e humilde nasceu o filho de Deus
em meio a  sujeira e a palha Maria a luz a um menino deu...

Naquela noite todo o céu se iluminou
quando uma grande e linda estrela no alto brilhou.
Brilhou anunciando aos três reis magos a Boa Nova do além
e eles depressa foram ver o menino nascido em Belém.
“Obrigado, Deus, por tua estrela. Obrigado, Deus, por tua luz.
Ela mostra aos sábios o caminho e a todas as pessoas
a certeza de que a esperança nasceu com o menino Jesus”.

Os anjos, em coro, vieram aos pastores anuncia
Que lá na pobre estrebaria em Belém
eles iriam o menino Jesus encontrar.
E juntos se foram todos alegres a cantar.
E agora?
Agora a família do menino estava formada
A mãe, pai, os pastores, os reis, os anjos, burrinho e até uma vaca malhada.

Esse menino cresceu e viveu num mundo cheio de injustiça, morte e dor
Mas em nenhum momento se abateu sobre Ele a incerteza e o temor
Ao povo cansado, sofrido e triste esperança Ele veio trazer
mostrando a todas as pessoas que é tocando, abraçando que se faz viver.
Sim, muito tempo já passou, mas ELE veio
às pessoas aflitas, tristes e cansadas anunciar
Sobre a terra quero vida, quero gente feliz, alegre a cantar
E as pessoas quero que aprendam a maior lição de todas
que é o simples gesto de amar.
O nascimento do menino, não foi colorido assim...
Ele nasceu entre o esterco, a palha, sujeira e o capim,

Mas ao mundo veio com uma grande missão
TRAZER PAZ A TODA A GENTE E ESPERANÇA EM CADA CORAÇÃO

 

 


P. Alfredo J. Hagsma e Pa. Vera Waskow

Um Conto de Natal

Debaixo do viaduto


A noite esfriara consideravelmente depois da chuva torrencial que se abatera sobre a cidade naquele final de tarde. Por sorte tinham conseguido abrigar-se debaixo daquele viaduto. E, também por sorte, tinham chegado a tempo.
Ainda na corrida, ela tinha sentido as primeiras dores. Debaixo do viaduto, depois da corrida, o menino nascera rapidamente. Ele mesmo, que nunca pensara em ter que fazer algo semelhante, ajudara no parto. O velho canivete, que sempre carregava no bolso, servira para cortar o cordão umbilical.
Agora ela estava deitada ali, na cama improvisada que ele montara com os trapos que carregavam no saco que os acompanhava em suas andanças por tantos lugares, sem nunca encontrar um lugar de verdade. Desta vez, o lugar era ali, debaixo do viaduto. E já não eram só os dois, ela e ele. Agora havia também o menino que dormia sereno ao lado dela.
Quase não o via naquela escuridão. A luz se fora em meio à chuvarada. A noite estava duplamente escura, pois a lua e as estrelas ainda estavam encobertas pelas nuvens. Via-o mais com os olhos do coração. E percebeu que já o amava.
Uma lágrima escorreu-lhe morna pela face. Que futuro poderia dar a essa criança? – Um tanto de raiva invadiu o seu peito. Perdera tudo, virara andarilho e mendigo. E agora havia a criança, e ele não tinha em quem bater!
Estava mais frio agora. Seria bom fazer um foguinho para aquecer a criança e a mulher. Achara alguns gravetos, mas não tinha fósforos. Também não tinha em quem bater para extravasar sua raiva. Raiva da miséria, raiva pelo que perdera, raiva por não encontrar nova oportunidade, raiva por não poder dar futuro à criança.
- Deus proverá – dissera ela dias antes. E, ao dizê-lo, seu rosto resplandecera ainda mais belo. Ele amava aquele rosto e tudo o que havia por trás dele. E novamente sentiu raiva. Por ela. Pela criança. E não tinha em quem bater para extravasar sua raiva.
Foi então que viu pela primeira vez aquele pequeno ponto luminoso. Brilhara com força e, em seguida, desaparecera. – Agora estava ali outra vez. Uma estrela? Assim, vermelha e solitária? Não, não era uma estrela. Um vagalume? Também não.
Percebeu, então, que o ponto luminoso estava mais próximo. E sentiu o cheiro da fumaça do cigarro. Apertou o canivete no bolso e preparou-se para o pior.
- Boa noite – disse uma voz por trás da brasa do cigarro. – Não se assuste! Somos de paz. Achamos que seria um bom lugar para passar a noite.
Percebeu que eram três os vultos que se aproximavam.
Os vultos notaram a mulher e o menino. Ele apertou o canivete no bolso.
- Você não está sozinho – disse o do cigarro. – E há um bebê! – exclamou, e apressou-se em jogar fora a bagana, apagando a brasa com o pé.
- Desculpe. Não havia percebido a criança, - falou. – Mas ela deve estar com frio, e a mãe também.
- Até juntei gravetos, mas não tenho fogo, - ele disse.
De pronto o do cigarro lhe alcançou uma caixinha de fósforos.
- Tome, - disse. – Aqui também tem um pouco de papel. Sempre carrego papel comigo, exatamente para poder fazer um foguinho à noite. Espanta o frio e os mosquitos.
Ele pegou a caixinha e o papel. Já não apertava tão fortemente o canivete. Sentira paz na voz do homem.
Abaixou-se, ajeitou o papel em meio aos gravetos e riscou o fósforo. Ateou fogo ao papel. A madeira gemeu e se deixou incendiar. A lenha cheirava como bolo que acabara de ser assado.
- Obrigado, - ele disse. E devolveu os fósforos.
- Fique com eles, - disse o homem. – Pode precisar mais tarde.
A pequena fogueira iluminou o rosto do menino. Era ainda mais belo, sob aquela chama tremeluzente. Iluminou também o rosto da mulher. Como a amava!
- Nasceu há pouco, - ele falou. – Por pouco não nasceu na rua.
- Como se chama a criança? – perguntou o do cigarro.
- Ainda não decidimos, - ele falou.
- E a mãe? – quis saber o outro,
- Maria, - ele disse.
- Que têm para comer? – perguntou o segundo vulto.
- Nada, - ele falou. E reparou, à luz da fogueirinha, como eram magros os três.
- Tome, - disse o segundo, e lhe alcançou três pãezinhos. – Também ainda tenho esse litro de leite. Para a mulher. Precisa se alimentar. – E lhe entregou o leite.
Ele recebeu os alimentos, enternecido. E já não precisava mais ter em quem bater. A raiva abandonara seu peito.
- Deus lhe pague, - ele balbuciou, lembrando que ela dissera “Deus proverá”. E sentiu outra lágrima aquecer-lhe a face.
- Tome, - disse o terceiro homem. – Vai precisar amanhã cedo. É pouco, mas é o que tenho, - e lhe alcançou uma cédula de vinte reais.
Ele chorou em silêncio. O rosto do menino parecia sorrir. O da mulher também.
- Vamos seguir caminho. Vocês precisam de sossego. Não vamos atrapalhar, - disse o do cigarro, com a voz embargada.
Despediram-se e sumiram na escuridão.
“Como três magos do Oriente”, ele pensou. “Deus proverá”, repetiu.
Não eram ouro, incenso e mirra... Eram fósforos, leite e pão e um dia de sobrevida para a mulher e para o menino.
Não teve como evitar o sorriso ao pensar: “Três magros! Como eram magros os magos!”
A luz voltou, iluminando a cidade. Não via mais os três homens, nem os veria mais. Não importava. Eles haviam feito a sua parte. Haviam mostrado o que era Natal: a presença de Deus no mundo, debaixo do viaduto.

P. Dr. Carlos Arthur Dreher
Natal de 2015

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

PRESÉPIOS


Presépios universalizam a história do Natal. Em milhares de formatos e concepções, a história de José, Maria e Jesus, rodeados de estranhos curiosos, é reproduzida de forma criativa e contextualizada mundo afora. Alvos como europeus, achocolatados como africanos ou de olhos puxados como asiáticos, em grutas, ranchos, choças de palha ou iglus. O cenário é sempre o mesmo, com a doce Maria admirando seu rebento... com José, o pai zeloso e esquecido, um dos primeiros homens a estar presente e ativo no parto do seu filho... Ambos velam os primeiros momentos do Deus em forma de menino, tão carente de cuidados como qualquer recém-nascido. Os estranhos curiosos assumem os rostos culturais do lugar da representação com seus problemas, crises, desejos, sonhos, expectativas.
















“Deus veio neste menino, também para mim” é o pensamento de todos e todas ali, naquela representação. Presépios são prédicas. Presépios são atualizações permanentes dessa história de salvação. Presépios são o espaço sagrado em que a terra e o céu se tocam, se fundem, se unem numa única realidade de esperança e salvação.



Presépios continuam se concretizando também hoje. Num campo de refugiados sírios, onde crianças vêm ao mundo a caminho, em lugar estranho como uma estrebaria, onde um colchão doado vira manjedoura e os reis magos se reencarnam em doadores anônimos, que levam o primeiro enxoval para a criança, uma cesta básica para a família peregrina e uma garantia de asilo para recomeçar em nova pátria. Estranhos em volta, como os pastores em Belém, admiram o pequeno filho de refugiados que vem ao mundo como sinal de novidade... não... como Deus mesmo, presente entre nós.
















Presépios continuam a surgir a cada momento bem perto de nós, na favela da Rocinha no Rio, no sertão paraibano, no Aglomerado da Serra em BH, no Morro da Cruz em Floripa, na Sol Nascente em Ceilândia, no Bonja em Porto Alegre ou no Morro do Coripós em Blumenau. Presépios aparecem todos os dias bem diante das nossas portas. Cabe-nos descobrir onde estão. Quem tem olhos para ver, verá neles o menino-Deus que vem a nós.



P. Clóvis Horst Lindner



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

SOBRE ANJOS OU MOSCAS




Não quero estragar seu Natal. Também gosto de pinheirinhos iluminados, presépios montados com esmero e sorrisos felizes de crianças.
Não, realmente não quero estragar seu Natal.
Mas não posso deixar de lembrar que naquela vez não foi assim. Nada de idílico e poético como as velinhas, os enfeites, as figuras, os anjinhos. Bem diferente era a decoração daquela estrebaria.
Sabe, às vezes penso que as únicas figuras reais nestes presépios natalinos são o burro e a vaca. Sei que você vai estranhar que eu diga isso. Mas é que a vaca e o burro lembram o esterco que por certo cobria o chão da estrebaria.
Esterco, urina, palha babada... Moscas, de certo, muitas moscas... Voam as moscas. E incomodam. Transmitem doenças. Voam, mas são tão diferentes de anjos...
E nada disso está no seu presépio, nem no meu. As figuras vistosas, a barba-de-pau colhida nos últimos dias dão um aspecto tão bem mais higiênico ao Natal. Higiênico como o céu.
Só que Jesus não nasceu no céu. Nasceu na terra, e no pior lugar que há para nascer. Esterco, urina, palha babada... Moscas, muitas moscas. Eis na lapa Deus feito ser humano. Experimentando solidariamente a terrível condição de quem não encontra casa para morar e ter seus filhos. A estrebaria, o embaixo da ponte, o na beira-do-rio, o na beira-da-faixa, o em-cima-do-morro, o na beira-do-mangue. Esterco, urina, palha babada... e moscas, muitas moscas.
Desculpe, não quero estragar seu Natal. Também gosto de pinheirinho iluminado, do presépio bem montado e de sorrisos felizes de crianças.
Mas é que se a gente não lembrar do esterco, da urina, da palha babada e das moscas, não vai entender nunca o Natal. E a cada dia Deus vai continuar nascendo por aí.

P. Dr. Carlos Arthur Dreher
Natal de 1987


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Menino Jesus




Todo menino quer ser homem.

Todo homem quer ser rei.
Todo rei quer ser ‘deus’.
Só Deus quis ser menino”.

Leonardo Boff

domingo, 20 de dezembro de 2015

Quarta Semana de Advento


Hoje iniciamos a última semana do tempo de Advento. Tempo especial de preparação e esperança.

E Advento é tempo de relembrar. Relembrar o anúncio da vinda de Cristo Jesus. Ramos, velas, coroas, estrelas, cânticos, família e comunidade reunida são algumas das marcas deste novo tempo. É tempo de preparo. No menino Jesus, Deus vem e somos convidados e convidadas a celebrar a sua vinda e presença entre nós.

Advento! É tempo de celebrar. Celebrar a profunda boa notícia de Deus que diz, conforme o profeta Isaías: Apresento a vocês o meu servo que tem todo o meu apoio. Escolhido por mim, Ele é o preferido do meu coração. Fiz repousar sobre ele o meu Espírito, para que leve o direito às nações (Isaías 42.1). Assim o escolhido de Deus é fortalecido pelo Espírito de Deus. Ele vem promulgar o direito, a justiça, a verdade!

Advento! É tempo de renovar. Renovar a esperança de vida para o mundo. É tempo de busca por novo caminho em meio à escuridão. Eis que Deus se apresenta em Cristo Jesus! Ele veio para indicar o caminho à humanidade. A mensagem do Advento que anuncia a vinda próxima de Deus provoca em nós a verdadeira esperança pelo Reino da justiça e da paz, da verdade e do amor.

Assim a época de Advento quer preparar-nos para a recepção do presente do amor de Deus e tornar-nos mensageiros e mensageiras de sua chegada, animando-nos a colocar sinais do seu Reino de justiça e de solidariedade e de vida renovada.

Viver o Advento significa reservar um tempo para revisar nossos projetos, reavaliar o rumo de nossa vida pessoal e comunitária, rever as maneiras de organização de nossa sociedade e onde e como nós nos situamos neste mundo em que vivemos.

Advento significa, então, chegada, vinda de um novo tempo, sem injustiças e opressão. Advento é tempo de preparação para recebermos a Jesus Cristo em nossas casas, em nosso trabalho, em nossa vida.

É tempo de espera e alegria;
É tempo de lançar as sementes.
Sementes de Esperança de um novo amanhã.
Um novo amanhã com “novo céu e nova terra”.
Nova terra onde reinará a justiça.
Justiça que promoverá liberdade,
Liberdade que trará a igualdade;
Igualdade que cria a fraternidade;
Fraternidade que significa amor.


Tempo de advento é tempo de esperança. É tempo de sermos mensageiro e mensageiras de esperança, de “boas notícias”: “Eis aí o vosso Deus!” (Isaías 40.9). Nossa tarefa profética de esperança é dizer que chegou o dia da salvação. É anunciar aos cativos: Vocês estão livres. E aos que estão nas trevas: Vejam a luz! Não vai haver mais fome e nem sede, porque Deus não esqueceu o seu povo. Ele vem nos visitar!


domingo, 13 de dezembro de 2015

Terceira Semana de Advento


O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas. Isaías 9.1.
Onde existe escuridão em minha vida? Onde existe escuridão neste mundo? Muitas pessoas se encontram afundadas em meio à escuridão, pois existe uma nuvem que impede que vejamos a luz. Existe a nuvem do medo, da solidão, da pobreza, da incerteza.
Mas, existe uma luz que brilha do outro lado da nuvem e que também quer iluminar e aquecer a nossa vida. Uma luz que não quer iluminar apenas uma ou outra pessoa, mas todas.
Como podemos, concretamente, definir esta luz? Como esta luz poderia se chamar? Esta luz é a luz do encontrar-se em comunhão com outras pessoas; é a luz da amizade, da integridade. É o ouvir e o consolar as pessoas que estão enlutadas. É a possibilidade de perdoar a quem me tem ofendido. É a luz que encoraja as pessoas inseguras e medrosas. É a luz que auxilia as pessoas que passam necessidades. Enfim, a luz que é o próprio Cristo, que vem ao mundo para vencer a escuridão. Ele vem para aquelas pessoas que estão dispostas a vencer a nuvem da escuridão; ele vem para as pessoas que estão dispostas a viver o seu amor, assim como Maria estava disposta a gerar Jesus. Enfim, estar dispostos e dispostas a ser uma pequena luz.
Que neste Advento e Natal, Cristo possa nos motivar a buscar forças na comunidade para, junto com outras pessoas, vencer as tantas nuvens que escurecem a vida. Vamos abrir espaço para ver e sentir esta luz. Abençoado ADVENTO!!!!


Terceiro Domingo do Advento

"E tu, Belém Efrata, pequena demais para...." (Miqueias 5.2). 

Sim, pequena Belém, tu te tornaste a terra de Rute, a viúva estrangeira que foi solidária com sua sogra Noemi. Rute veio a ser a bisavó de Davi. Era justo esse Davi, enquanto viveu em Belém. Depois tornou-se rei, e deu no que deu. 

Por isso, aquele que vem de Belém Efrata, para governar em Israel, é outro. Este, sim, foi, é e sempre será a Nossa Paz (Miqueias 5.5a)

(P. Carlos Arthur Dreher)



domingo, 6 de dezembro de 2015

Segunda Semana de Advento




Para o Segundo Domingo de Advento





"Do tronco de Jessé sairá um rebento, e de suas raízes, um renovo. (...) A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins." (Isaías 11.1,5)








A árvore está cortada. 

O tronco está no chão.
Resta um toco, um cepo.
E, como por milagre,
Do cepo surge um broto,
Vigoroso e belo.
O tronco jaz no chão, inerte.
Dele já não brota nada.
É do cepo que vem o Messias,
Não do tronco inerte da realeza.
Vem da raiz, vem das origens,
Para que tudo seja como sempre deveria ter sido.

P. Carlos Arthur Dreher

São Nicolau e meus sapatos

Não sei se instintivamente, por hábito mais que sexagenário, logo depois de acordar nesta manhã, olhei para meus sapatos, ao lado da cama. Estavam vazios... Enxuguei rapidamente uma lágrima nostálgica que teimava em querer sair do canto de meu olho esquerdo. Já estava bem crescidinho para continuar a pensar em Nikolaus – o São Nicolau de Mira, celebrado em 6 de dezembro. Não, ele não deixara balas nem bombons nem chocolates como fazia antigamente, a cada ano. 

Foi então que me dei conta de que Walter e Júlia, meus pais, já não estavam aí. Walter falecera há mais tempo, Júlia bem recentemente. Não havia mais ninguém que pudesse lembrar São Nicolau de olhar para meus sapatos.

Chegara definitivamente a minha vez de me comunicar com ele, a fim de que olhasse para os sapatos de meus filhos e para os sapatinhos de minhas netas.

Pois, afinal, se bem lembrado, ele continua a olhar para os sapatos das pessoas a cada dia 6 de dezembro.

P. Carlos Arthur Dreher