sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Reduções de Trinidad e Jesús de Tavarangue

2º Dia - 27 de dezembro de 2013 – terceira parte

Seguimos viagem para Posadas, capital da Província de Missiones. Lá deixamos o carro em um estacionamento no centro e fomos de taxi até a fronteira (ponte – aduana). Fizemos os papéis de saída da Argentina e depois a entrada para o Paraguai. Tudo foi tranquilo. Fomos de ônibus até Encarnación (centro de compras). Pensávamos em ir de ônibus até a Redução de Trinidad, mas como estava demorando muito decidimos primeiro almoçar. Para nossa surpresa encontramos um restaurante brasileiro chamado Brasilianis. O dono foi muito simpático conosco. Ele é de Curitiba e já está no Paraguai há um ano e meio. No restaurante tinha comida típica brasileira e muito suculenta. Depois do almoço resolvemos pegar um taxi para visitar duas Reduções: Trinidad e Jesus. O táxi era um Mercedes, automático, com teto solar. O ruim era que nada funcionava. Só o teto solar... O taxista era bem falador e nos chamava de Patrão e Patroa. Não gostava dos favoritismos dado aos índios. Não gostava do Presidente Fernando Lugo, pois afrontou a Igreja Católica por ter filhos sendo Bispo. Era bem católico. Fazia o sinal da cruz volta e meia e tinha imagem de Santas no carro. Para ele o Paraguai era tudo de bom, pois nada é proibido. Foi simpático e atencioso e cobrou 350 pesos pela corrida, mesmo que no início queria 500. 

Redução Jesuítica Trinidad

As Reduções de Trinidad e Jesús de Tavarangue são belíssimas. Dá uma ideia real de como eram as Reduções Jesuíticas. Muito bem organizado e limpo. Guias bem preparados, prestativos e simpáticos.







A Santíssima Trinidad do Paraná foi uma das últimas Reduções a ser construída na área do rio Paraná. Originalmente foi construída em 1706, entretanto o declínio dos jesuítas na área fez com que fosse abandonada — juntamente com o resto das Reduções, que acabaram ficando em ruínas. 











Jesús de Tavarangue foi fundada em 1685. A arquitetura desta Redução era completamente diferente das outras. Em estilo mourisco, único em todas as Reduções. A igreja não chegou a ser acabada devido à expulsão dos jesuítas e seu teto não seria de madeira ou de pedra como as Igrejas das outras Reduções, e sim de estilo misto com muros de apoio e grandes pilares centrais. Jesús de Tavarangue escapou ilesa aos saqueadores, pois não possuía ouro ou imagens valiosas no altar.

Igreja da Redução Jesuítica
de Jesús de Tavarangue


dentro da Igreja





Pintura de uma Redução Jesuítica

Atualmente as ruínas de Trinidad e Jesús de Tavarangue estão bem preservadas e foram declaradas em 1993, Patrimônio Mundial da UNESCO.

No retorno voltamos com o mesmo táxi até a Aduana e de lá pegamos ônibus para cruzar a fronteira. Também foi tranquilo quanto aos papéis. Só o ônibus estava lotadoooooo. O ônibus nos deixou perto de onde deixamos o carro. Já passava das 19h, assim que decidimos seguir viagem para Corrientes e Resistência. Viagem tranquila. Estava mais fresco. Escureceu mais cedo do que imaginávamos. Chegamos em Corrientes por volta das 00h 30m. Decidimos cruzar a ponte e ver um hotel em Resistência, capital da Província de Chaco. Ao atravessar a ponte fomos parados pela Guarda Nacional que quase nos multou por causa do GPS (na Argentina é proibido ter GPS afixado no pára-brisa, pois dizem que atrapalha, tira a atenção, de quem está conduzindo o carro). Achamos que a multa não foi dada porque o João se identificou como Pastor e na foto da CI o João está com a camisa clerical. Em Resistência nos hospedamos no Hotel Colón. Simples mas agradável. Ao chegar no quarto só queríamos um bom banho e cama para dormir... “Desmaiamos” de cansaço, mas gratos por tantas coisas bonitas que vimos e aprendemos... E lá se foi o segundo dia...

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