quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Pelos caminhos de Humahuaca, Argentina...

8º dia – 02 de janeiro de 2014

Iniciamos o dia, animados e cheios de expectativas. Tínhamos pela frente um passeio pela Quebrada de Humahuaca, agora rumo à cidade de Humahuaca. Mesmo caminho que percorremos, mas agora indo em direção à Bolívia. Participaram no TUR turistas da Holanda, Israel, Argentina, Alemanha, Bélgica e do Brasil, o nosso guia: Leo e o motorista: Juanjo.

Algumas informações que recebemos pelo guia:

Salta é a capital da província de Salta e uma das mais importantes cidades do noroeste do país. Salta fica localizada a leste da cordilheira dos Andes, no fértil Vale de Lerma, cerca de 1.187 m de altitude. Tem uma população de 1.315 milhões de habitantes. Principais atividades econômicas: Açúcar, Tabaco e Turismo. Clima subtropical seco. De acordo com os estudiosos, a palavra salta foi produto de uma deformação da palavra aimará (os indígenas originais) sagta, que significa la hermosa ("a formosa"), e por fim finalmente permaneceu "Salta, a formosa" ou "linda", como se diz atualmente. A região metropolitana da Grande Salta constitui a oitava maior região metropolitana da Argentina.

Logo que saímos de Salta passamos pela cidade de San Salvador de Jujuy, a capital da Província de Jujuy. Toda província de Jujuy tem cerca de 750 mil habitantes e a cidade 350 mil habitantes. Em 1843 Jujuy foi destruída em 90% por causa de um terremoto. Jujuy teve a sua primeira fundação em 1561, porém em 1563 foi destruída e saqueada pelos índios. Foi novamente fundada em 19 de abril de 1593.



Idiomas que predominam nas Províncias de Salta e Jujuy: Aimará, quéchua e espanhol

A Quebrada de Humahuaca foi considerada pela UNESCO em 02 de julho 2003 patrimônio para a humanidade.

Nos morros quando eles são mais verdes é porque há uma grande concentração de ferro.



Vimos várias casinhas ao longo do caminho. Casas pequenas e baixas. Diz-se que a casa baixa é mais térmica e também é baixa porque a população tem uma altura máxima de 1m65cm.

Nesta região podemos nos deparar com temperaturas bem diferentes ao meio dia e à meia noite, tanto no inverno como no verão. Durante o dia o clima é quente e seco e à noite a temperatura despenca e é muito frio.

Porta feita da madeira de cacto


Quer um abraço?

Cactos (cardones) indicam que estamos a mais de 2.000msnm. Eles estão protegidos por lei. Só se pode usá-los quando morrem. A sua madeira é usada para o artesanato, pra fazer móveis, na construção de telhados e portas das casas.






Capelinhas com bandeiras vermelhas que estão em toda parte na margem das estradas da Argentina é o lugar de devoção para o Santo Gauchito Gil que protege aos motoristas e acredita-se que tinha o dom de curar pelas mãos. Gauchito Gil é um lendário personagem da cultura popular argentina. Seu nome completo era Antonio Mamerto Gil Núñez. É considerado o mais proeminente santo gaúcho na Argentina, entretanto não é reconhecido pela Igreja católica.


Rua em Purmamarca
Purmamarca: lugar de terra seca (e do morro das sete cores).
Artesanato na praça de Purmamarca















Maymara
Maymara significa estrela. Povoado de mais ou menos 5 mil habitantes. Vivem da plantação de hortaliças e vegetais (batatas, alho). Lugar conhecido como La Paleta del Pintor (a aquarela de tintas do pintor).



La Paleta del Pintor





Tilcara – capital arqueológica e onde está o museu do carnaval do norte (2.500 msnm). Nesta cidade se encontram as Ruínas de Pulcara. Uma fortaleza construída no século 12 pelos omaguacas. Hoje as ruínas estão sendo parcialmente reconstruída e são consideradas Monumento Nacional. Mais ou menos 5 mil habitantes.



Em um dos morros o guia mostrou um grande buraco, que há muitos anos foi feito por uma queda de asteróide.









Paramos no Trópico de Capricórnio e compramos uma pequena vicuña de madeira.










Uchia - Loja de Artesanato
Loja de Artesanato
Logo depois de alguns quilômetros paramos em Uquia, numa grande loja de artesanato. Compramos uma máscara de barro.






Logo depois seguimos para San Antônio de Humahuaca. Cidade de 16 mil habitantes e está a 3 mil msnm.




Humahuaca significa cabeça de chora, ídolo, sagrado.


Rua no centro da cidade

Catedral de Nuestra Señora de la Candelaria y San Antonio de Humahuaca

Monumento a Independência


Guia explicando como acontece
a Festa do Carnaval
Curiosidades da cidade: Mulher solteira usa duas tranças e a casada uma trança. O homem solteiro usa uma faixa na cintura. Casamento na Igreja apenas depois de seis anos de relacionamento. O casamento é por escolha e por prova. Depois da escolha, primeiro se prova por quatro ou cinco dias, se gostam podem provar por seis meses chegando até quatro anos. Se a relação é boa podem então pedir o casamento na Igreja. Muitos relacionamentos iniciam nas festas típicas da região, principalmente no carnaval, festa típica local que difere em muito do nosso carnaval. O carnaval acontece uma semana antes da quaresma. É também tempo do início da colheita. Festa pagã milenária cheia de fantasias, música e cor. Esta festa é uma fusão de costumes espanhóis e rituais antigos de celebração a fecundidade da terra. Usam-se máscaras para garantir o anonimato e flores coloridas na cabeça.

Compartilhamos o que encontramos na internet sobre o Carnaval no Norte da Argentina. Muito do que aqui colocamos o guia também contou...

A celebração do Carnaval em Humahuaca é uma das festas tradicionais onde muitas pessoas se reúnem em torno da comemoração da fecundidade da terra e honram a Pachamama. Esta festa é uma combinação de rituais pagãos herdados das tribos indígenas e constituem uma espécie de rebelião das pessoas contra estruturas que a sociedade há imposto a elas. A festa de rua movimentada dura nove dias, começando no sábado anterior ao fim de semana do carnaval, quando termina a celebração.

Na ladeira de um morro inicia o rito do carnaval, onde o diabo sai para se divertir. Os desfiles descem dançando ao ritmo da música popular e abrem caminho nas ruas da cidade onde as pessoas do povoado convidam a continuar as festividades em suas casas. Os grupos de dançarinos dão conta de finalizar cada jornada.

As fantasias coloridas e brilhantes, o aroma das folhas de manjericão, o talco, a bebida em excesso e a diversão das pessoas dançando na rua, dão uma notável particularidade aos carnavais do norte da Argentina. As mulheres vestidas de ciganas e os homens de diabos se encontram. Os homens escondidos pelas máscaras têm coragem de fazer declarações de amor para a escolhida.

O povo de Humahuaca e quem eles convidam, nove dias celebrando o mesmo ritual, finalizam a celebração com o enterro do Pujllay (diabo). Ao cair à noite o ritmo deixa o carnaval jujeno, uma fogueira é acesa e se sacode o talco dos trajes para dar conta do último momento da festividade.

Diferente do resto dos carnavais que acontecem no território nacional da Argentina, o carnaval de humahuaca é uma das atrações que mais chama a atenção no norte argentino. Uma imperdível experiência que combina tradição, cor e muita diversão.
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Na praça da cidade de S.S. de Jujuy
Na volta paramos em San Salvador de Jujuy. Passeamos pela praça. Conhecemos a Igreja, o ex cabildo – hoje comissária de polícia, o palácio do governo e um shopping. Na casa do governo está a primeira bandeira Argentina que foi em Jujuy abençoada.

Local onde está a primeira bandeira Argentina








Apreciando pintura em homenagem a Pachamama




Chegando em Salta ao anoitecer
Voltamos para Salta por volta das 17h 45m. Chegamos a Salta às 19h. À noite ficamos no hotel. Estávamos bem cansados. Assistimos TV e navegamos na internet.




Encerramos esta postagem com uma frase que ouvimos ou lemos em algum lugar neste belo caminho pela Quebrada de Humahuaca: “No vas a Dios caminando, a Dios vas amando”.

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